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Ilhéus

“Gabriela, Cravo e Canela”. Um dos principais ícones culturais da cidade

Publicado em 30/09/2014 às 14:07

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Ao andar pelas ruas do pacato município margeado pelo mar e por uma vasta área de Mata Atlântica é possível ter noção do que foi a Ilhéus dos anos 1920, época tão bem narrada por Amado. Quando ele redigiu as primeiras linhas do romance “Gabriela, Cravo e Canela”, no fim da década de 1950, o escritor Jorge Amado não imaginava que aquela personagem de beleza brejeira e habilidosa nas artes da sedução e da culinária se tornaria um dos principais ícones culturais da cidade de Ilhéus, que está localizada a 405 km de Salvador 

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No centro da cidade, o comércio é pujante e as casas ainda guardam o luxo e a dimensão do que foi o período áureo da lavoura cacaueira, que sucumbiu com a praga da vassoura-de-bruxa no fim dos anos 1980.

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“Gabriela, Cravo e Canela” Um dos principais ícones culturais da cidade (Foto: Liberado Jr/DL)


Do período dos coronéis e da fartura, quando o cacau era tido como moeda de troca para grandes transações financeiras e a quantidade de terra e propriedades representava poder e sinal de riqueza, alguns símbolos foram resguardados e permanecem ativos até hoje. Um deles é o centenário Bar Vesúvio, que no romance pertencia ao turco Nacib, personagem que vive uma história de paixão com Gabriela. O outro é o Bataclan, famoso bordel, de propriedade da cafetina Maria Machadão, onde no passado os barões do cacau iam para se divertir ou afogar as mágoas e hoje é um restaurante que funciona de segunda a sábado para almoço, jantar e programações musicais e culturais.

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A extravagância dos poderosos também é retratada na Rua Antônio Lavigne de Lemos, que permite o acesso entre as duas principais igrejas da cidade: a Catedral de São Sebastião e a Igreja de São Jorge, padroeiro. São várias dezenas de metros pavimentados com pedras de cobalto, pavimentação essa patrocinada pelo milionário Misael Tavares, que hoje dá nome a um palacete.


Bataclan, famoso bordel, de propriedade da cafetina Maria Machadão, lá você conhece as curiosidades do local (Foto: Liberado Jr/DL)

Coqueiros

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Essa é ainda a cidade com o mais extenso litoral entre os municípios baianos.

Prédios e monumentos históricos são atrações à parte. Alguns dos lugares que reúnem uma boa concentração de passeios desse tipo são as praças JJ Seabra e D. Eduardo, dentre outras. Os locais servem como endereço para diversos atrativos, como o Palácio Paranaguá, Bar Vesúvio, Igreja de São Jorge, Casa do Coronel Misael Tavares, dentre outros pontos turísticos da cidade.


Interior do Bataclan, os turistas podem se caracterizar com roupas da época (Foto: Liberado Jr/DL)

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Além da riqueza cultural, Ilhéus possui mais de uma dezena de praias em sua vasta costa litorânea de 84km. Em algumas praias do norte, o destaque fica por conta da privacidade e, no sul, a infraestrutura com a presença de cabanas que oferecem diversos serviços, além dos melhores e hotéis e pousadas, atrai muitos turistas.

A ponte Governador Lomanto Junior separa a parte histórica do lado mais moderno de Ilhéus. Na Praia do Pontal, já na parte sul da cidade, que dá acesso a Olivença, há diversos estabelecimentos voltados para a gastronomia, em especial pizzarias e churrascarias. A comida regional, com suas moquecas e frutos do mar, também estão presentes nos cardápios dos bares e restaurantes.

Fachada do Bar Vesúvio (Foto: Liberado Jr/DL)

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Gastronomia local

A culinária baiana predomina em Ilhéus em restaurantes no bairro do Pontal, no distrito de Olivença e no centro. A Avenida Dois de Julho é um famoso ponto da gastronomia local e concentra estabelecimentos como o lendário Bataclan. Os pratos típicos da cidade são os clássicos como bobós e pescados, que misturam ingredientes brasileiros, indígenas, portugueses e africanos. Churrascarias, pizzarias e estabelecimentos que oferecem comida italiana, francesa e árabe também são comuns, principalmente do Pontal. Nas barracas na orla das praias, o forte é a moqueca.


O artesanato lá é muito forte, na foto o famoso cacau (Foto: Liberado Jr/DL)

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No centro da cidade

Estão localizados os principais restaurantes e pontos históricos

A maneira mais vantajosa de conhecer Ilhéus, suas praias e pontos históricos, é alugando um carro. A cidade é bem servida de locadoras e é fácil entender a sinalização local. Também é possível combinar roteiros e tarifas com taxistas para fazer alguns passeios.

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Casa de Cultura Jorge Amado (Foto: Liberado JR/DL)

Como chegar

De avião
O aeroporto local recebe voos diários de diversas cidades do Brasil
Aeroporto Jorge Amado
Rua Brig. Eduardo Gomes, s/n°, Pontal
Tel: (73) 3234-4000
http://www.infraero.gov.br/index.php/aeroportos/bahia/aeroporto-de-ilheus.html

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De carro
Pela BR-101 - Partindo de Salvador, capital da Bahia, a distância até Ilhéus é de 464 km. O primeiro trecho, pela BR-324, é de 100 km até Feira de Santana, e o restante pela BR-101 direto até Itabuna, de onde se chega a Ilhéus pela BA-262.

Pela BA-001 – Partindo de Salvador (Via Ferry-boat), seguir a partir do Terminal de Bom Despacho pela BA-001, passando por toda a Costa do Dendê e também pelos municípios de Camamu e Itacaré em linha reta até Ilhéus. Por essa estrada, a viagem é pelo menos duas horas mais curta que pela BR-101.

De ônibus
A rodoviária da cidade tem sete empresas de ônibus com rotas para vários lugares na Bahia e para grandes cidades como Rio de Janeiro, São Paulo, Belo Horizonte, Brasília, Curitiba e Foz da Iguaçu.
Terminal Rodoviário de Ilhéus ?Rodovia Ilhéus - Itabuna, s/n, fica a 4 km do centro?Tel: (73) 3634 4121

Um das ruas mais famosas da cidade (Foto: Liberado Jr/DL)

Qual a melhor época para ir?
A cidade tem um clima quente e agradável para os turistas o ano todo. No verão, há mais gente circulando e, consequentemente, mais atrações nas ruas, em bares e novidades nos restaurantes. Chove bastante entre maio e junho.

O que não pode faltar na minha bagagem?
Se planeja fazer trilhas e caminhadas, leve um tênis confortável. Durante a noite o clima da cidade normalmente é mais frio. Leve um casaco e calça.

 


 

 

 

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