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Reivindicar, em conjunto, medidas que eliminem os obstáculos que impedem a competitividade dos portos brasileiros como, por exemplo, os gargalos logísticos.
Este é o objetivo do IV Fonseinp (Fórum Nacional do Secretários Estaduais da Indústria Naval, Portuária e Correlatas), evento que acontece simultaneamente à primeira edição da InfraPortos South America, única feira na América do Sul dedicada à tecnologia e equipamentos para portos e terminais, que começou ontem e vai até quinta-feira no Mendes Convention Center, em Santos.
Durante o encontro, o secretário executivo do Ministério dos Transportes, Miguel Masella, apresentou os investimentos que o órgão vem fazendo no segmento: “Não adianta pensar em expandir os portos sem projetar os acessos. Por conta disso, estamos investindo R$ 2,6 bilhões em acessos rodoviários e ferroviários de 18 portos do país”. Neste primeiro dia do seminário, houve ainda palestras do coordenador da pós-graduação em Gestão do Transporte Marítimo e Gestão Portuária da Universidade de Lisboa (Portugal), professor José Augusto de Jesus Felício, e do diretor presidente da Companhia Docas de São Sebastião, Casemiro Tércio dos Reis Lima.
Abertura
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A cerimônia de abertura da feira aconteceu às 12 horas de ontem com a presença de autoridades da região e do setor portuário nacional. O vice-prefeito Eustázio Alves Pereira Filho e o diretor-geral da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq), Pedro Brito.
“Este evento faz parte de um contexto que o torna ainda mais importante, porque ele se verifica nesta hora de discussão do novo marco regulatório. E aqui se encontra sempre presente os usuários, os exportadores, os importadores, o próprio governo, então, é o momento em que a discussão traz, sem nenhuma dúvida, benefício para o setor como um todo”, acredita Brito.
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Já para o vice-prefeito, o evento é importante para o atual momento do Porto de Santos. “Nós nos sentimos honrados em receber este evento. Santos é o maior porto do Brasil e da América Latina. E nós vivemos um momento crucial em termos de desenvolvimento para o Brasil através dos portos, mas há também a importância do desenvolvimento para o ser humano, paralelamente à sustentabilidade. É o legado que nós deixaremos para os próximas gerações”, explica.
Diretor da Antaq aponta falhas no Porto
A InfraPortos e o IV Fonseimp acontecem em um momento histórico para o Porto de Santos, onde questões ambientais e de infraestrutura são levantadas após o acidente nos terminais da Copersucar.
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Para o diretor-geral da Antaq, Pedro Brito, as novas tecnologias, além de melhorar a infraestrutura do Porto, podem ajudar a minimizar os prejuízos ao meio ambiente. “Falta muita infraestrutura para o Porto de Santos. Por exemplo, a região da Ponta da Praia, que é uma região de granéis e que, normalmente, oferece à sociedade uma questão de poluição ambiental muito importante, a tecnologia pode resolver. Não há porque eu ter esteiras poluentes ou silos que não tenham controle ambiental. A tecnologia hoje disponibilizada no mundo permite que eu opere terminais de grãos com pouquíssimo ou quase nenhuma poluição. É isso que nós precisamos ter. Inclusive os editais para a Ponta da Praia vão prever com grande rigor esta questão do controle ambiental, que a Antaq, inclusive, vai fiscalizar. Então, discutir novas tecnologias, por exemplo, para esta questão é algo muito importante”, explica.
Segundo o presidente da Companhia de Docas do Estado de São Paulo (Codesp), Renato Barco, os trabalhos nos terminais da Copersucar afetados pelo o incêndio continuam sob monitoramento. “Hoje, a Codesp está fazendo muito pouco diante da magnitude de um acidente deste. Equipes da nossa Guarda Portuária que auxiliaram em debelar o incêndio desde o seu início ainda permanecem no local. São grupos de brigadistas, pessoas treinadas da Guarda Portuária, que permanecem lá fazendo um acompanhamento. Numa primeira instância, estamos procurando apoiar a própria empresa, dando todo o suporte logístico que ela necessitar. A Copersucar é auto-suficiente, é um centro de custo. Isto não significa que acabou. Nós esperamos a sua recuperação muito rápida. Mas, infelizmente, as obras são lentas”, comenta.
Barco afirma ainda que as instalações fazem com que o Porto perca 25% da capacidade de movimentação. “Um número importante para quem até agora – setembro deste ano – movimentou cerca de 15 milhões de toneladas”, afirma.
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