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Os custos portuários no país cresceram, em dólar, o equivalente a 27,26% entre os anos de 2009 e 2012, aponta estudo realizado pelo Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação (IBPT). Em 2009 esses custos totalizaram US$ 7,51 bilhões, passando para US$ 9,55 bilhões em 2012. No primeiro semestre de 2013 atingiu o valor de US$ 4,86 bilhões.
“Os custos portuários podem ser divididos em diretos ou indiretos. Entre os valores que recaem diretamente nos preços dos custos marítimos estão as utilizações dos equipamentos e instalações portuárias terrestres ou marítimas, embarque e desembarque de cargas, despachos aduaneiros, taxas, impostos e demurrage. Os custos indiretos compreendem aqueles relacionados à contratação dos serviços de praticagem, rebocadores, agências marítimas, atracação e desatracação, faróis, vigias, transporte de tripulação”, explica Gilberto Luiz do Amaral, presidente do Conselho Superior e coordenador de Estudos do IBPT.
Segundo Amaral, a movimentação e armazenagem de carga em terminais portuários e retroportuários correspondem a 54,44% do valor do custo portuário; a demurrage e o despacho aduaneiro são responsáveis, respectivamente, por 18,56% e 17,84% dos custos; a rebocagem por 2,97%; a praticagem por 2,48% do valor total do transporte por via marítima e, por último, os serviços de agenciamento marítimo, aluguel de lanchas para transporte da tripulação e outros, que equivalem cada um a 1% do custo total.
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De janeiro de 2009 a junho de 2013, o comércio exterior brasileiro movimentou por via marítima cerca de 2,77 trilhões de toneladas de produtos, ao valor US$ FOB (Free On Board) de US$ 1,46 trilhão e com um valor médio por tonelada de US$ 526,42. Ainda no tocante ao comércio exterior brasileiro, comparando-se 2012 em relação ao ano de 2008, houve crescimento de 28,22% do valor em dólar, de 17,15% do peso líquido em toneladas e aumento de 13,22% do valor em dólar por tonelada.
Apesar do crescimento em dólar do setor, houve uma redução do número de manobras de navios (atracação, fundeio e desatracação) da ordem de 1,74%, no período de 2009 a 2012, em razão do aumento do tamanho dos navios que trafegam, e que oferecem hoje condições para acomodar grandes volumes de cargas.
Metodologia
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A metodologia de estudo baseia-se em dados contidos nas ferramentas tecnológicas do IBPT, o Impostômetro, o Empresómetro e o Gastômetro, bem como em informações obtidas junto aos órgãos públicos em cumprimento à lei de acesso à informação (Lei nº 12.527/2011).
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