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A nova dinâmica dos portos brasileiros está exigindo uma postura mais ousada dos players que compõem a cadeia produtiva do segmento. O ambiente mais acentuado de competição que se desenha com o marco regulatório do setor sancionado recentemente, a Lei 12.815 (Lei dos Portos), tem levado as empresas a buscarem inovação e tecnologia. Essa é a síntese do segundo dia da InfraPortos South America, a única feira na América do Sul dedicada à tecnologia e equipamentos para portos e terminais que acontece até hoje no Mendes Convention Center, em Santos.
Para Victor Rodrigues, diretor de Vendas para Portos da Smiths Detection, houve uma mudança cultural: “As organizações estão investindo em alta tecnologia e integração logística para se adequarem ao cenário competitivo e não apenas para atenderem uma contingência. É a busca pelo diferencial que permita o aumento da produtividade e a maior eficiência, o que será decisivo no momento de disputar espaço no mercado”. Os destaques da empresa na InfraPortos são os scanners de alta potência para contêineres (exportação, importação e vazio), os HCVP e HCVM. “Já vendemos 25 desses no Brasil”, concluiu Rodrigues.
O momento é positivo também para a Toledo do Brasil, uma das líderes no País em pesagem. “O mercado, especialmente para nós, está aquecido por conta do bom desempenho do agronegócio nacional”, explicou o gerente de Vendas Adalberto Castilho. Para a feira, a empresa trouxe novidades como as células para balanças de cargas ferroviárias e rodoviárias que resistem a umidade e têm proteção contra descargas elétricas. “Além disso, apresentamos soluções de OCR (reconhecimento ótico) para atender as exigência da Receita Federal em relação aos operadores portuários”, disse.
Com dois veículos expostos na InfraPortos, o Hiper Vac e CLP (Carro Limpa Pista), a Lavrita Equipamentos Especiais aposta na tecnologia 100% nacional para ampliar os negócios no segmento portuário. O Hiper Vac permite, por exemplo, que se faça a sucção a vácuo de granéis sólidos secos ou úmidos e polpa de materiais com grande potência. “Recentemente este equipamento possibilitou que se fizesse a retirada de 13 mil toneladas de soja podre de um silo instalado em um porto brasileiro”, exemplificou o diretor comercial, Roberto Molina.
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Lei dos Portos deve aumentar investimentos
A Lei 12.815, a chamada Lei dos Portos, trouxe segurança jurídica e deve impulsionar os investimentos, principalmente os privados, nos complexos brasileiros. Isto é o que pensam especialistas e gestores públicos que participaram, na manhã de ontem, do seminário “Nova Lei, Portos Secos e Concessões”, que acontece durante a InfraPortos South America.
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“O novo marco regulatório criou uma série de condições que beneficiam o desenvolvimento de projetos, a expansão da capacidade dos terminais e o ganho de competitividade. É muito superior ao modelo anterior”, defendeu Mauro Bardawil Penteado, sócio da Machado Meyer Sendacz e Opice Advogados, que participou do Painel “Concessões, Licitações e Financiamento”.
O gerente de Logística e Infraestrutura do BNDES, Dalmo Marchetti, também tem uma visão otimista sobre a lei que entrou em vigor recentemente. “O BNDES vai dispor, até 2017, de R$ 54,2 bilhões em financiamentos para 31 portos no que diz respeito a concessões, arrendamentos e terminais privados. Isso é reflexo do novo marco regulatório, que trouxe um viés positivo de investimentos, por conta de regras mais flexíveis”, explicou.
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