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Com o propósito de evitar a formação de filas de caminhões na cidade e nos acessos rodoviários ao Porto, principalmente no período de pico do escoamento de safras agrícolas, a Secretaria de Portos (SEP) deu início aos procedimentos para implantação do sistema Portolog - Cadeia Logística Portuária Inteligente no Porto de Santos. O diretor de Planejamento Estratégico e Controle da Codesp, Luis Claudio Montenegro, destacou que o objetivo é de sincronizar a chegada dos navios e das cargas nos terminais, a programação e o credenciamento de veículos para uso racional e utilização da plena capacidade de acesso ao porto.
A iniciativa é parte do Programa de Aceleração do Crescimento, que prevê investimentos de R$ 115 milhões para que 12 portos brasileiros adquiram equipamentos e implantem o sistema já concluído pelo Serpro. A implantação começa por Santos, por envolver maior complexidade, visto ser o maior do país.
Um grupo de trabalho integrado por seis representantes do poder público (SEP, Agência Nacional de Transportes Aquaviários – Antaq, Codesp, Agência Nacional de Transportes Terrestres – ANTT, Empresa Brasileira de Logística – EPL e Serpro) e nove do setor privado (pátios reguladores, Ecovias e terminais e operadores portuários) vão acompanhar e dar suporte aos trabalhos. O diretor da Codesp destacou a ampla participação do setor privado no projeto. “Hoje reunimos quase 130 representantes, uma clara demonstração da forte adesão ao programa, com uma postura de envolvimento que nos deixa ainda mais satisfeitos e empolgados. A mobilização de todos os envolvidos é prioritária para o sucesso da ação”.
A partir de um cadastramento da carga no sistema, o Portolog vai monitorar sua saída para o Porto, através de acompanhamento eletrônico. Os caminhões serão identificados com etiqueta inteligentes que enviarão os dados por meio de sistemas de comunicação, permitindo o rastreamento e gerenciamento do transporte com mais eficiência. As próximas etapas abrangem a compra pela Codesp dos equipamentos de rádio frequência, etiquetas inteligentes para caminhões e leitores OCR, que identificam os veículos que transitam com a carga através de leitura ótica das placas. Na área pública está prevista a instalação desses equipamentos em 9 gates e dois pré-gates, em Santos e Guarujá.
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Terminais e pátios de triagem serão responsáveis pela implantação em suas áreas. A Codesp coordenará esse processo para adequação e integração ao sistema desenvolvido pelo Serpro.
O Portolog tem a função de fornecer uma ferramenta especialmente desenvolvida para o monitoramento integrado e um eficaz controle da carga. “É algo nos moldes do Sistema de Gerenciamento do Transporte da Carga (SGTC), desenvolvidos pela Autoridade Portuária, só que bem mais aprimorado, integrado com outros órgãos de governo, permitindo um planejamento efetivo por parte de agentes privados e públicos para o melhor gerenciamento e consequente fluxo de cargas”, explica Montenegro.
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Além das áreas públicas do porto, terminais e pátios, o programa se estenderá, também, a todos os corredores rodoviários do país. Para tal, ANTT, Antaq e EPL compõem os demais entes públicos acionados para garantir a plena integração da cadeia logística.
Porto sem Papel Após implantado, o Portolog deve interligar-se ao Porto sem Papel (sistema de informação que reúne em um único meio de gestão as informações e a documentação das mercadorias embarcadas e desembarcadas nos portos) e ao Sistema de Monitoramento do Tráfego de Embarcações, o VTMIS, que possibilitará o acompanhamento e gerenciamento, em tempo real, do fluxo de embarcações no canal de navegação e nas áreas de fundeio do Porto.
O diretor revelou que em agosto deverão ocorrer testes do sistema, com alguns equipamentos instalados. Em outubro, o porto já deverá ter cobertura plena com os pontos previstos já dotados dos equipamentos. Para janeiro está previsto inicio da operação obrigatória do Portolog.
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