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Eliminação de gargalos, recuperação, duplicação e construção de ferrovias, além da construção de trens de alta velocidade, que elevariam a eficiência da matriz de transporte brasileira. Essas são algumas das sugestões que a CNT (Confederação Nacional de Transportes) reuniu no documento “O que o Brasil precisa em transporte e logística” e entregou aos candidatos à Presidência da República. Somente em relação ao modal ferroviário, a CNT mapeou 213 projetos, com custo estimado de R$ 281,7 bilhões.
O documento reúne as principais demandas do setor de transporte e serve de apoio a demais tomadores de decisão, além de informar e nortear o cidadão brasileiro da situação de diversos segmentos do setor.
De acordo com as características físicas e econômicas do país, o modal ferroviário possui aspectos que lhe proporcionam grande eficiência no transporte de grandes volumes em longas distâncias e, assim, é um meio de transformação com importante papel estratégico na composição da matriz. Apesar disso, ele se mostra pouco abrangente no Brasil e carece de significativos e continuados investimentos.
Com 28.190 km de ferrovias, o país tem uma baixa densidade de infraestrutura ferroviária e problemas de conexão, pois, do total, 22.219 km dos trilhos têm bitola métrica (1 m), 5.461 km são de bitola larga (1,60 m) e 510 km têm bitola mista. Essa falta de uniformidade mostra um problema de planejamento do transporte que eleva o custo da operação e o tempo demandado no deslocamento.
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Além do reduzido alcance da malha e dos problemas de conexão, a CNT identificou outros entraves ao desenvolvimento do sistema: baixa integração com os modais rodoviário e aquaviário, invasões das faixas de domínio, passagens em nível crítico, elevada carga tributária na operação, burocracia relacionada às questões do passivo da Rede Ferroviária Federal S.A. (RFFSA) e a possibilidade de coexistência de dois marcos regulatórios, o que poderá dificultar a operação do sistema.
Apesar das dificuldades, o modal apresentou significativo crescimento após as concessões realizadas na década de 1990. A produção de transporte em TKU (Toneladas-quilômetro Útil), por sua vez, foi de 297,4 bilhões em 2013, o que representa um aumento de 63,8% quando comparado ao ano de 2003. No mesmo período, o número de acidentes teve uma redução de 61%.
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Rodovias Dos 1.713.885 km de rodovias brasileiras, apenas 202.589 km são pavimentados (11,8%). Além da pequena oferta de rodovias pavimentadas, as existentes dispõem de limitada qualidade. Avaliação da CNT aponta que mais de 60% das rodovias brasileiras pavimentadas apresentam algum tipo de problema relacionado à sinalização, ao pavimento e à geometria da via.
As consequências dessa inadequada infraestrutura são diversas, entre as quais é possível apontar o desperdício de tempo na realização de viagens, a elevação do custo operacional dos veículos, o incremento da emissão de material particulado e de gases de efeito estufa, o desgaste e as avarias nos veículos e a perda de competitividade do país, além do elevado número de acidentes nas rodovias brasileiras.
A CNT identifica, portanto, 618 intervenções necessárias para a dinamização do modal no país, com investimento estimado de R$ 293,9 bilhões para a solução dos atuais entraves do modal e a adequação da malha. As intervenções dividem-se em construção, adequação, duplicação e pavimentação e recuperação de pavimento.
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O estudo completo pode ser acessado em http://cnt.org.br.