Cotidiano
As necrópoles funcionaram das 7h às 17h e só foi permitido o acesso e a circulação com o uso de máscara, como medida de proteção contra covid-19
Raimundo Rosa/Prefeitura de Santos
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Os três cemitérios públicos municipais de Santos receberam nesta terça-feira (2), Dia de Finados, cerca de 40 mil pessoas, o dobro do que era estimado para a data. Desde sábado (29), cerca de 70 mil visitantes foram registrados nos três espaços: Areia Branca (Av. Nossa Senhora de Fátima s/nº), Filosofia (Praça Ruy de Lugo Viña s/nº, Saboó) e Paquetá (R. Dr. Cochrane s/nº).
Segundo o coordenador dos cemitérios, Carlos Eduardo Silva, o Jarrão, verificou-se que havia uma demanda reprimida para realizar as homenagens. Isso porque, devido à pandemia, os velórios deixaram de ser realizados e havia a limitação para até 10 pessoas nos sepultamentos.
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As necrópoles funcionaram das 7h às 17h e só foi permitido o acesso e a circulação com o uso de máscara, como medida de proteção contra covid-19. Álcool gel foi disponibilizado na entrada dos visitantes, no interior dos cemitérios e no momento da saída. As missas foram realizadas cumprindo distanciamento social e também houve distribuição de álcool gel.
MISSAS
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Foram realizadas missas nos três cemitérios. O padre Cláudio da Conceição, da Paróquia Santa Margarida Maria, celebrou três missas no Areia Branca e destacou que foi muito importante, neste Dia de Finados, a realização delas contando com participação popular, o que era inviável no Dia de Finados do ano passado diante do estágio da pandemia.
“Dentro ainda desse quadro pandêmico, para nós é uma alegria poder voltar a adentrar esse solo sagrado para prestar a nossa homenagem aos nosso irmãos falecidos”, disse.
A principal mensagem que o padre quis transmitir nas missas foi da esperança na vida eterna. “Essa nossa vida não é a vida definitiva. A vida definitiva é a ressurreição no Cristo Jesus. É a vida eterna conforme aquilo que o Cristo viveu. E ele mesmo fala: ‘eu sou a ressurreição na vida’. É crer nele e viver além dessa vida um dia. Uma vida sem dor, sem sofrimento, uma vida de Graça. Aqui é o cumprir de uma missão apenas, de colocar uma história diante de Deus e construir aquilo que se pode construir da melhor maneira possível”, afirmou.
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A aposentada Regina Helena Santos, de 65 anos, fez questão de ficar mais tempo após o final da missa para ter contato direto com o padre e pedir a benção. Ela ressaltou a importância das missas no Dia de Finados. “Para todo cristão religioso é bom essa presença. É muito bom quando tem o padre falando para a gente, passando a mensagem e mostrando para todo mundo sobre o que é bom e o que é de Deus. Foi um momento de comunhão”, disse.
No Cemitério da Filosofia, o padre Aluísio Antonio da Silva, da Paróquia São Tiago Apóstolo (Chico de Paula) celebrou as missas, enquanto no Paquetá, foi celebrada pelo padre Claudenil Moraes da Silva, da Catedral.
SAUDADE
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Morador do Jardim Castelo, o estoquista aposentado Adauto de Morais Ferreira, de 74 anos, foi ao Cemitério da Areia Branca para prestar homenagens à mãe, Carolina de Morais Ferreira, 93, que faleceu em 29 de junho do ano passado, vítima de covid-19, após 15 dias de internação.
Ferreira morava com ela desde 1975 e, muito emocionado, comentou a perda. “Minha mãe era tudo. Era uma pessoa muito alegre, muito ativa, que fazia tudo dentro de casa”, disse. Entre os hábitos que dona Carolina tinha, segundo ele, estavam gostar de cozinhar e de apreciar vinho.
Ele também visitou o túmulo de um falecido cunhado e comentou a importância do respeito aos protocolos contra disseminação de covid-19 na visitação aos cemitérios. “Estamos no meio do caminho e não podemos relaxar. Senão a doença vem, pega e derruba. Tomei a terceira dose da vacina em outubro”.
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