Peças de decoração, luminárias trabalhadas e jardineiras são alguns dos trabalhos artesanais, feitos na cabaça pelo artesão Coutinho, de Itanhaém / Nair Bueno / DL
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Fabricar luminárias e peças de decoração, de maneira artesanal, em uma cabaça. Essa é a inspiração que resulta no trabalho do artesão Washington Luiz Coutinho, de 41 anos, morador no bairro Tropical, em Itanhaém, há sete anos.
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O artesão, que também é formado em Marketing, conta que a cabaça sempre fez parte da sua família. “Meu avô Antônio Ribeiro, que trabalhava na roça, utiliza a cabaça para fazer moringas de água, cuias e outros objetos. Vim de São Paulo para morar em Itanhaém, me apaixonei pela Cidade e acabei conhecendo a técnica com outros artesãos”.
A técnica, aprendida e utilizada há cerca de cinco anos, segundo Coutinho, é o calado vazado, que são perfurações para refletir a luz nas luminárias.
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Ele utiliza uma microrretífica, um instrumento que pode fazer cortes, perfurações, acabamentos, e as brocas de várias milimetragens que faz as perfurações na cabaça. Após isso, ele faz o encaixe das bolinhas uma a uma e os desenhos nas peças. O desenho é escolhido e feito de forma manual.
São diversos tipos de desenhos e de formas de cabaça. Conforme o desenho e o tamanho, ele conclui o trabalho em cerca de cinco horas.
Além das luminárias, Coutinho trabalha ainda com outras peças, como jardineiras, peças de decoração e casas de passarinho. Os valores também variam de acordo com o modelo e são a partir de R$ 100,00.
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“Para começar a trabalhar uma cabaça o tempo varia bastante, deixo a peça de molho um dia antes para tirar a primeira pele e, depois, começo a tratar a superfície e faço o acabamento. Caso contrário, ela começa a mofar”, explica.
Coutinho compra as cabaças em lojas de São Paulo. Mas ele também planta as sementes no quintal de sua casa e já colheu alguns frutos, além de distribuir as sementes para alguns conhecidos na cidade.
O processo de nascimento de uma cabaça tem duas flores – macho e fêmea e a polinização pode ser feita manualmente. Há diversos formatos das cabaças, resultantes dos cruzamentos de uma espécie para outra. Além de ser uma das plantas mais antigas no Brasil.
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Sonhos
A ideia do artesão é de realizar, daqui a alguns meses, uma oficina, em parceria com uma amiga, para ensinar a fazer o reco reco de cabaça, um instrumento musical utilizado no sul do País.
“Meu outro sonho é fazer uma carreta e acoplar na bicicleta e, na lateral, plantar uma semente de mini cabaça e colocar as luminárias para transitar, à noite, pela Cidade”, conta.
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Destaca ainda “Sou apaixonado por esse trabalho, pois é uma terapia. Vai ser sempre algo como um hobby. Sinto de forma clara a energia de cada peça”.
Exposição
Neste sábado, 16, o artesão vai expor os trabalhos no salão superior do restaurante Taberna Baska, localizado na Praia do Sonho, em Itanhaém. “É uma boa oportunidade para divulgar meu trabalho ao público”.
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Coutinho já participou de algumas exposições e também do concurso Revelando São Paulo, no ano de 2019, promovido pelo governo do Estado.
“Foi uma experiência incrível participar do Revelando SP, recebi críticas boas para melhorar o meu trabalho e aprendi a fazer outras peças”. O artesão também se inscreveu no Proac este ano, mas ainda não saiu o resultado.
Interessados em conhecer os trabalhos do artista podem acessar pelas redes sociais no Facebook (aurora.coutn) e no Instagram (@aurora.coutn). Contatos podem ser feitos pelo WhatsApp 11 99414.2528.
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