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Construtoras têm investido em imóveis de dois dormitórios, que têm alavancado a procura e as vendas imobiliárias em toda a Região. É o que aponta pesquisa realizada pelo Sindicato da Habitação de São Paulo (Secovi-SP) sobre lançamentos e procura por moradias na Baixada Santista. O preço do metro quadrado (m²) de apartamentos com dois quartos padrão é um dos mais baixos entre os praticados, a R$ 5.059,00, perdendo apenas para os de um dormitório, em que o m² é vendido por R$ 4.198,00.
O economista-chefe do Secovi, Celso Petrucci, explica que o apartamento de dois dormitórios é o mais aceito no mercado por ser o imóvel que mais se adequa à necessidade do brasileiro, do ponto de vista econômico e de comodidade.
“Os dois quartos atendem a maioria da população: solteiros, recém-casados, casais com um filho só, estudantes ou até mesmo famílias de quatro pessoas. Pelo custobenefício, é uma opção vantajosa”, ressalta. A Baixada Santista apresentou, nos últimos 12 meses, estabilidade no número de lançamentos de imóveis novos. Entre março de 2012 e março de 2013, foram lançados 5.686 imóveis nos municípios de Santos, Praia Grande, Guarujá e São Vicente, contra 5.665 unidades em igual período do ano anterior.
Desse total, foram construídos 49,1% de apartamentos com dois quartos, o que representa 2.790 unidades lançadas. Em segundo lugar na preferência das construtoras aparecem os imóveis de três dormitórios, com 1.273 unidades lançadas, 22,4% do total de lançamentos desde março do ano passado. Os imóveis de um dormitório também ultrapassa a margem de mil. Em um ano, foram construídas 1.166 unidades lançadas, 20,5% do total.
Na opinião do economista, o que encarece o preço do m² praticado na Baixada é a construção das partes frias dos imóveis. “São as partes de um apartamento onde se colocam os azulejos, o encanamento, todos os materiais que encarecem a obra”, explica. Sobre o alto custo de moradias na Região, Petrucci afirma que não há estimativa de que os preços praticados aumentem mais nos próximos anos. Para ele, de 2012 para 2013 o aumento foi conservador, entre 5 e 6%, e “não tem espaço para crescer mais do que isso, mas também não deve cair”, ressalta.
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