Dicas de viagem

Acapulco no México, chamada de “pérola do Pacífico”

Cidade tem encantos naturais e uma espontaneidade que faz qualquer um esquecer a gravata ou do salto alto dos dias de escritório

Publicado em 01/12/2014 às 14:26

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A cidade tem nome e sobrenome: Acapulco de Juarez. O primeiro termo provavelmente deriva de vocábulos dos povos nativos e refere-se a um tipo de planta semelhante à cana que existia na região. O segundo homenageia Benito Juarez, ex-presidente de origem indígena e primeiro não militar a governar o país.

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A rotatória com a estátua da Diana Caçadora marca o ponto central da cidade, que tem cerca de 800 mil habitantes, uma população semelhante à de João Pessoa (PB).

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A avenida Costera Miguel Alemán concentra a maior parte do turismo da cidade. Os turistas são disputados por vendedores ambulantes ou dos diversos mercados de artesanato (que expõem muitos produtos industriais e lembranças de viagens, inclusive doces de tamarindo e coco), taxistas e motoristas de coletivos. Ônibus particulares e charretes carregam na decoração ou aumentam o volume do som, buscando se destacar.

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A fama da vida noturna da cidade faz pensar que Acapulco atrai apenas jovens festivos. Pelo contrário, com praias familiares, preços para todos os bolsos e programas para crianças e para a terceira idade, Acapulco é para todos.

Os saltos de mergulhadores do alto de La Quebrada, uma das principais atrações turísticas da cidade, começou com uma brincadeira de pescadores. A tradição completou 80 anos em 2014, ano marcado também pelo início de uma remodelação de La Quebrada, além da praça principal (Zócalo) e das calçadas das praias Caleta e Caletilla, promovida pelo governo federal. O turismo ainda é a principal atividade econômica da cidade, que busca se reposicionar no cenário mundial.

Nos anos 50, os primeiros edifícios foram construídos na cidade, com o início do turismo em larga escala, favorecido por visitas de estrelas de Hollywood. A arquitetura da época pode ser vista ainda em alguns dos prédios instalados na Costera, como o hotel Oviedo, em estilo colonial, ou o amplo hotel Presidente Acapulco.

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La Quebrada (Foto: Divulgação)

Mas a história desse importante porto espanhol começou bem antes. Na central praia Hornos e na isolada Pie de la Cuesta foram encontrados achados arqueológicos maias. Foram os astecas, no entanto, que dominaram a região, e Acapulco tornou-se parte do império em 1486. Em 1523, os espanhóis descobriram a baía, que representava uma base ideal para a navegação e que faria parte da rota para as Filipinas. Anualmente, navios mercantes traziam seda, porcelanas, especiarias e outros produtos do oriente para o México.

O intenso intercâmbio comercial e, por consequência, cultural, se manteve até a independência, em 15 de setembro de 1815. A data é comemorada em todo o México, mas uma das festas mais animadas é celebrada em Acapulco.

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Os fatos que marcaram o período do comércio marítimo estão documentados no Museu Histórico de Acapulco, instalado no forte San Diego, construído para defender o porto das embarcações estrangeiras atraídas pelos tesouros da Ásia. Vale a visita tanto pela beleza da construção histórica, quanto pela boa apresentação do acervo e pelas vistas proporcionadas por suas torres.


Avenida Costera Miguel Alemán (Foto: Divulgação)

A cidade possui boa frequência de veículos coletivos e, caso as inscrições nos painéis não sejam suficientes, basta perguntar sobre as linhas que trafegam em cada direção. A população empenha-se em dar informações, às vezes indo além da dúvida principal.

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Os ônibus privados têm decoração chamativa e música ambiente. Nem todos os pontos estão bem delimitados. Em algumas regiões, como nas proximidades da Diana, espera-se na primeira esquina e acena-se ao motorista. O ônibus irá dar um jeito de encostar e, se não for possível, pode ser que permaneça em pista dupla ou mesmo tripla.

Os ônibus públicos, com valor de tarifa quase igual à dos criativos ônibus privados, têm ar-condicionado e motoristas uniformizados. Há ainda opção de charretes turísticas (com luzes, música alta e balões coloridos) e táxis individuais e coletivos. Os últimos são tão institucionalizados que também têm os destinos escritos no painel e são a única opção em trechos como as regiões de montanha próximas ao Jardim Botânico.


Museu Histórico de Acapulco (Foto: Divulgação)

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Também se vê patrulhas com policiais armados, mantidas após Acapulco ter seu nome associado a uma onda de violência, entre 2006 e 2013, devido ao narcotráfico. É prudente evitar regiões afastadas ou caminhar à noite em trechos mais ermos. Entretanto, na movimentada Costera não se vê furtos ou assaltos.

Punta Diamante localiza-se bem próxima do aeroporto, mas, a partir do Centro, é preciso usar mais de um transporte público. Coletivos levam até o Princess, hotel de grande estrutura que virou ponto de referência da região. De lá para a praia mais próxima, as opções são uma boa caminhada ou seguir o trajeto em um táxi. A baía de Puerto Marqués fica mais afastada e alguns locais de estacionamento cobram preços altos.

Os táxis são caros e, como em Cancun, não usam taxímetro. Acerte o preço antes de entrar no veículo. Especialmente no aeroporto, os preços chegam a ser tão mais altos do que a média, que vale a pena agendar um traslado com antecedência por meio do hotel de estadia.

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Em novembro de 2014 o governo de Guerrero inaugurou o Acabus, um serviço de ônibus com sistema de segurança e trânsito rápido com cinco rotas: Caleta-Zócalo-Garita-Las Cruces; Centro-Maxitúnel-Las Cruces; Centro-Maxitúnel-Las Cruces-Coloso; Centro-Praderas de Costa Azul e Wilfredo Massieu-Garita-Las Cruces.

Punta Diamante (Foto: Divulgação)

Como chegar
Da cidade do México, chega-se à Acapulco trafegando 262 km pela estrada Cuernavaca-Acapulco, a Autopista del Sol, com cobrança de pedágio.

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O aeroporto recebe vários voos diários, saindo tanto da Cidade do México quanto de Cancun, por companhias como Aeroméxico e Interjet. Fica a 30 minutos do Centro da cidade e ainda mais perto da Zona Diamante. No Boulevard de las Naciones passam táxis coletivos e ônibus em direção ao Centro.

Qual a melhor época para ir?
Durante a semana santa, a ocupação dos hotéis chega a quase 100% nas zonas Dorada e Diamante. Em janeiro, o clima fica entre ameno a quente. Em fevereiro, março e abril, as temperaturas aumentam um pouco e o clima permanece seco. Maio é o período de baixa temporada do México, mas a cidade pode estar movimentada com o Festival Acapulco. De novembro até o Natal o clima mantém-se seco e as temperaturas começam a cair. É uma boa época para conhecer a cidade, principalmente durante os dias do festival La Nao ou na celebração da Virgem de Guadalupe.

Informações úteis
Site oficial de Acapulco: http://www.acapulco.gob.mx
Site oficial dos destinos turísticos de Guerrero: http://www.triangulodelsol.travel
Site do estado de Guerrero: http://guerrero.gob.mx/descubre-guerrero/
Site oficial do México: www.visitmexico.com

Idioma: Espanhol
DDI: 52
Código de acesso da cidade: 744
Moeda: peso

Documentos necessários: A entrada no país é feita com o passaporte. Desde 16 de maio de 2013, os Governos do Brasil e do México estabeleceram acordo de isenção de vistos de curta duração em passaportes comuns. Consulte o site da embaixada antes de sua viagem, já que as condições de entrada sofrem alterações devido à proximidade dos Estados Unidos.

Gorjetas e taxas: As gorjetas não estão incluídas e os trabalhadores da área de serviços geralmente esperam de 10% a 15% do valor do serviço.
 

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