Cotidiano

Obra parada aumenta a violência no Emissário Submarino, afirmam moradores

População do entorno do Emissário relata aumento da criminalidade

Carlos Ratton

Publicado em 06/10/2020 às 07:00

Atualizado em 19/04/2021 às 15:09

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População do entorno garante que a insegurança tomou conta / Nair Bueno/DL

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Enquanto a Prefeitura de Santos mantém a resposta que está recorrendo da decisão no Tribunal de Justiça de São Paulo (TJE-SP) e a Valoriza Energia não inicia a reconstrução dos equipamentos danificados no Parque do Emissário Submarino, no José Menino, a população do entorno sofre as consequências pela falta do espaço e pelo aumento da criminalidade em seu entorno.

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Ontem, a Reportagem ouviu o lamento dos moradores da região, mesmo depois do juiz Leonardo Grecco, da 1ª Vara da Fazenda Pública, ter acolhido o pedido do Ministério Público do Estado de São Paulo (MPE-SP), por intermédio do promotor Adriano Andrade de Souza, e determinado o início das obras de reconstrução dentro de, no máximo, 30 dias, sob pena de multa diária de R$ 100 mil.

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João Carlos Gomes Nascimento, morador do Condomínio Enseada das Orquídeas, revela que as obras paradas atingiram diretamente a segurança do bairro. "O que já era ruim, ficou ainda pior. Virou ponto de pequenos furtos, assaltos e vandalismos. Viramos alvo. O José Menino foi esquecido pela Administração. Só aparecem em época de campanha", dispara.

João Laureano dos Reis, do edifício Mirante da Barra, diz que após o fechamento do emissário para obras, "aumentou muito a insegurança. Não temos policiamento", disse acompanhado de outro morador, que também se mostra insatisfeito com a situação.

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O advogado e presidente da Associação Moradores Amigos Pé na Areia (Amapena), Gabriel Miceli, diz que a luta por mais segurança já ocorre há mais de um ano.

"Mas, após o fechamento do parque com tapumes, a segurança piorou drasticamente. A câmera de um dos edifícios registrou troca de tiros na ciclovia. Estamos reféns da criminalidade por conta dessa obra parada. Queremos o parque de pé o mais rápido possível, porque quanto mais tempo ficar parado, maior será a insegurança", afirma.

Edenilson Roque do Santos já teve seu quiosque destruído oito vezes. "Estouraram os vidros, furtaram quatro televisores, quebraram a pia e estragaram a estrutura do quiosque que é isolado e bem atrás dos tapumes. A Câmera da Prefeitura só registrou o dia que eu trabalhei na pandemia para sustentar minha família e me multou. A destruição, não", desabafa. (Carlos Ratton).  

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