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STF determina operação de 85% dos servidores do INSS; descumprimento gera multa

Decisão se dá devido a importância do serviço prestado por funcionários da empresa

Folhapress

Publicado em 25/07/2024 às 14:15

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A decisão foi publicada após reunião de quarta-feira (24) / Divulgação/INSS

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O Superior Tribunal de Justiça (STJ) determinou que 85% dos servidores do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) continuem realizando suas demandas laborais durante a greve da categoria. Em caso de descumprimento da decisão, será aplicada uma multa de R$500 mil por dia.

Na determinação, a magistrada responsável, ministra Maria Thereza de Assis Moura, destacou a necessidade dos serviços prestados pelo INSS e a urgência na conclusão dos processos administrativos do instituto.

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"Como se observa, é inquestionável a essencialidade das atividades desempenhadas pelos servidores do INSS, pois envolvem o pagamento de benefícios previdenciários que são conceituados por lei como 'meios indispensáveis de manutenção, por motivo de incapacidade, desemprego involuntário, idade avançada, tempo de serviço, encargos familiares e prisão ou morte daqueles de quem dependiam economicamente'.

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Por outro lado, são de longa data os problemas enfrentados pelo poder público no tocante aos prazos de análise dos processos administrativos dos benefícios administrados pelo INSS, compreendendo-se tanto os benefícios previdenciários quanto aqueles de natureza assistencial", diz trecho.

A decisão foi publicada após reunião de quarta-feira (24) entre o presidente do INSS, Alessandro Stefanutto, e servidores do órgão terminar sem avanços.

Na ação judicial movida pela AGU (Advocacia-Geral da União) contra a greve no INSS, o órgão afirma que o direito de greve dos servidores públicos não pode ser manejado de forma indiscriminada, pois "exige adaptação ao chamado regime jurídico administrativo".

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"A greve instaurada, além de afetar seriamente o exercício normal e rotineiro das atividades institucionais do INSS sejam os relativos à área-meio, sejam os relacionados à sua área finalística tem criado obstáculos intransponíveis para os direitos fundamentais dos segurados", diz o documento da AGU.

A greve foi deflagrada em 10 de julho, mas ganhou força a partir do dia 16 e tem tido impacto crescente nos atendimentos presenciais e também na análise de requerimentos.

Na terça-feira (23), o governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) acionou a Justiça para pedir a suspensão da greve nacional de servidores do INSS. O órgão também vai cortar o ponto dos grevistas, descontando do salário os dias de paralisação.

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Os representantes da categoria reivindicam o cumprimento de acordos anteriores e melhorias salariais. Segundo a entidade, mais de 400 agências do INSS, situadas em 23 estados e no Distrito Federal, estão fechadas ou funcionando de modo parcial.

Atualmente, o instituto conta com quase 19 mil servidores em todo o país em 2015, número era de 25 mil. São 15 mil técnicos, responsáveis por quase todos os serviços do órgão, e 4.000 analistas.

Servidores em regime de teletrabalho também aderiram ao movimento. O SINSSP-BR (Sindicato dos Trabalhadores do Seguro Social e Previdência Social no Estado de São Paulo), que atua na greve em âmbito nacional, estimou que cerca de 40% das tarefas dos servidores em teletrabalho foram afetadas pela paralisação.

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