Já na nossa região, Baixada Santista já registrou 5.061 casos confirmados de dengue / Agência Brasil
Continua depois da publicidade
A cidade de São Paulo estabeleceu um novo marco negativo em sua história: 105 Óbitos por dengue em 2024. O índice é o maior em comparação aos últimos 17 anos. De acordo com o levantamento, desde o início da série história, em 2007, até 2023, a capital paulista registrou, no total, 71 óbitos por dengue, segundo dados da Secretaria Municipal de Saúde.
Ainda de segundo com o painel de monitoramento elaborado pela pasta, o número de mortes pela doença na cidade de São Paulo, nesta quinta-feira (2), é de 105, sendo a capital o município com mais óbitos por dengue. Segundo dados do painel de monitoramento da Secretaria Estadual da Saúde, a capital se tornou um local com mais mortes registradas em todo o Brasil.
Continua depois da publicidade
Na série história da prefeitura de São Paulo, foram registrados mortes por dengue no município em: 2007 (3); 2011 (1); 2012 (2); 2013 (2); 2014 (14); 2015 (25); 2016 (8); 2019 (3); 2020 (1); 2022 (2); e 2023 (10).
No estado, o número de óbitos por dengue, desta quinta (2), é de 571 e outros 663 estão em investigação. São Paulo contabiliza ainda 863.939 casos confirmados, dos quais 853.025 são leves, 9.892 têm sinal de alarme e 1.022 são casos graves.
Continua depois da publicidade
Todos os distritos da cidade de São Paulo já estão com epidemia de dengue, segundo o boletim epidemiológico da prefeitura divulgado na última segunda-feira (29). Até a última semana, só Moema e Jardim Paulista, nas zonas sudeste e oeste de São Paulo, respectivamente, não tinham uma incidência acima de 300 casos por 100 mil habitantes, considerado como uma métrica pela OMS (Organização Mundial da Saúde) para classificar uma epidemia. O coeficiente de incidência de dengue no distrito de Jaguara, na zona oeste do município de São Paulo, é quase seis vezes maior do que o registrado na cidade como um todo.
Alguns dos sinais de alarme são: dor abdominal intensa e contínua, vômitos persistentes, sangramento de mucosas, queda de pressão arterial, aumento do tamanho do fígado, letargia ou irritabilidade, acúmulo de líquidos em cavidades corporais (ascite, derrame pleural, derrame pericárdico), aumento progressivo do hematócrito e hipotensão postural (tontura ao levantar).
Artigo recente publicado pelo Centro de Estudos Estratégicos da Fiocruz analisa os óbitos por dengue e aponta ainda que a desassistência e a desatenção ao potencial agravamento que os pacientes podem apresentar são as principais razões associadas às mortes por dengue.
Continua depois da publicidade
Segundo dados do Painel de Monitoramento de Arboviroses do Ministério da Saúde desta quinta, o país registra 4.176.810 casos prováveis e 2.073 mortes por dengue neste ano. Apesar dos recordes, de acordo com o Ministério da Saúde, há uma tendência de queda dos casos de dengue.
No Brasil, 21 estados e o Distrito Federal estão em tendência de queda ou estabilidade na incidência de dengue. Outras cinco unidades federativas ainda apresentam alta da doença, apontam dados atualizados na terça-feira (30) pela secretária de Vigilância em Saúde e Ambiente, Ethel Maciel, em entrevista a jornalistas.
Ceará, Mato Grosso, Pará, Sergipe e Tocantins são os estados que ainda têm uma tendência de aumento de casos da doença. Segundo a secretária, os locais com tendência de aumento são os quais, historicamente, o aumento de casos de dengue é mais tardio ao longo do ano. É o caso dos estados do Nordeste. Sobre os demais, deve ser feita uma análise mais minuciosa do que está acontecendo, disse.
Continua depois da publicidade