Continua depois da publicidade
O doleiro Alberto Youssef repetiu em depoimento a integrantes da CPI da Petrobras que o conhecimento do Palácio do Planalto - em referência à presidente Dilma Rousseff e ao ex-presidente Lula - sobre o esquema de corrupção na Petrobras é uma assunção dele. "A opinião é minha, agora, provas, eu não tenho", disse aos parlamentares.
Youssef repetiu que ouvia do ex-diretor da estatal Paulo Roberto Costa em algumas ocasiões que ele esperava "notícia do Palácio". E explicou que isso somado ao envolvimento do então ministro das Comunicações, Paulo Bernardo (PT), em desvios para campanha de sua mulher Gleisi Hoffmann (PT-PR) a senadora em 2010, e a partir do episódio em que o então presidente da Petrobras José Sérgio Gabrielli pediu repasse de R$ 6 milhões à agência Muranno Marketing Brasil, com anuência do então presidente Lula, são evidências claras de que a Presidência sabia do esquema do chamado petrolão.
Pressionado pelo deputado Waldir Soares (PSDB-GO), Youssef evitou responder quem seria o líder global do esquema. Ele repetiu ser apenas uma "pequena engrenagem" e que, na parte do esquema que entregava, o líder era o deputado José Janene (PP-PR), hoje falecido. "Mas quem era o líder, quem levou Janene quem autorizou colocar Paulo Roberto Costa (na diretoria da Petrobras)?", questionou Soares. "Quem nomeia é o Planalto, se o Planalto era o líder, aí eu não sei", respondeu Youssef.
Continua depois da publicidade
Pastel
O doleiro foi questionado por Waldir Soares (PSDB-GO) sobre como foi de vendedor de pastel na infância, em Londrina, para operador do esquema bilionário de corrupção na Petrobras. Youssef foi evasivo e não foi pressionado a dar maiores explicações.
"Tem coisas na vida da gente que não tem como explicar. Às vezes elas acontecem naturalmente e foi o que aconteceu", respondeu.
Continua depois da publicidade
Casamento
Youssef afirmou ter ouvido relatos de que o ex-presidente Lula chamava o ex-diretor da estatal Paulo Roberto Costa de "Paulinho". Ele também confirmou ter ouvido dizer que Paulo Roberto foi ao casamento da filha da presidente Dilma Rousseff, Paula Araújo Rousseff.
Continua depois da publicidade