Política

Wagner rebate críticas de jornal inglês à situação política e econômica do País

O ministro ressaltou que o Brasil viveu um período de bonança nos últimos anos, com crescimento das empresas e a inclusão de 40 milhões de pessoas na classe média

Pedro Henrique Fonseca

Publicado em 23/07/2015 às 16:57

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O ministro da Defesa, Jaques Wagner, rebateu nesta quinta-feira, 23, a afirmação do editorial do jornal britânico "Financial Times", de que a situação política e econômica do Brasil leva o país a ser comparado com um "filme de terror sem fim".

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"Esse jornal nunca olhou para o Brasil com bons olhos. A adjetivação deles eu prefiro que eles guardem com eles. Nós estamos num filme de superação e, como todo filme de superação, é realmente um filme de dificuldades", disse o ministro da Defesa em visita ao Navio de Pesquisa Hidroceanográfico (NPqHo) Vital de Oliveira, na base naval da Ilha de Mocanguê, em Niterói na região metropolitana do Rio de Janeiro.

Wagner ressaltou que o Brasil viveu um período de bonança nos últimos anos, com crescimento das empresas e a inclusão de 40 milhões de pessoas na classe média. "A linha condutora de uma nação não é uma linha horizontal, paralela ao piso, ela tem altos e baixos. Já tivemos momentos melhores, agora estamos num momento de dificuldade. Vamos superar como superamos e vamos chegar lá. Aí quem sabe o Financial resolva dizer que foi um conto de fadas", afirmou.

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Com o título "Recessão e politicagem: a crescente podridão no Brasil", o texto do Financial Times também afirma que "tempos piores ainda podem estar por vir", diante do risco de impeachment da presidente Dilma Rousseff.

"Quem vai tratar de impeachment é a Câmara dos Deputados, se assim o decidir. Eu nem enxergo esse horizonte do impeachment, não vejo massa crítica nenhuma", afirmou nesta quinta o ministro Jaques Wagner, ao ser questionado sobre a possibilidade de o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva ter procurado seu antecessor Fernando Henrique Cardoso para discutir a crise política e um possível impeachment da presidente Dilma Rousseff.

"A gente está num momento difícil, porque o quadro da economia mundial é difícil. É preciso serenidade, bom senso e imagino que os dois ex-presidentes têm de sobra essas qualidades. Eu aplaudiria muito se houver esse encontro, (mas) não para tratar de impeachment. O encontro de dois presidentes teria uma agenda muito superior a essa", disse o ministro da Defesa, embora tenha afirmado não ter informações sobre a veracidade do encontro entre Lula e FHC.

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