Política

Vereador propõe que músicas 'ruins' em atividades escolares passem por censo

Parlamentar da Capital paulista quer proibir músicas de conteúdo pornográfico, violento ou de apologia às drogas em escolas municipais

Luana Fernandes

Publicado em 21/03/2025 às 15:13

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Músicas com conteúdo pornográfico, violento e de apologia às drogas podem estar com dias contados em escolas municipais / Pexels

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Músicas com conteúdo pornográfico, violento e de apologia às drogas podem estar com dias contados em escolas municipais. Um projeto de lei do vereador Adrilles Jorge (União) estabelece a implementação e a fiscalização das novas regras, incluindo a criação de Conselhos de Avaliação Musical.

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Segundo a proposta, este “censo” seria composto por diretores, professores e inspetores de alunos, para a análise e a curadoria de faixas a serem reproduzidas em eventos e atividades pedagógicas. Em caso de descumprimento, as sanções variam entre advertência e multa, passando por suspensão.

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De acordo com a proposta do parlamentar paulistano, fica proibida a execução, a difusão, a veiculação ou qualquer outra forma de reprodução de músicas que contenham letras que incitam ou descrevam de forma explícita atos sexuais, ou comportamentos considerados inadequados para o ambiente educacional.

No Litoral de São Paulo, a música é aliada. Uma nova lei aprovada pela Prefeitura de Santos propõe a substituição de sirenes e alarmes sonoros nas escolas, públicas e particulares, por sinaleiros musicais e avisos luminosos. A autoria é do vereador Sérgio Santana (PL).

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Segundo o projeto, que deve ser apreciado pelas Comissões Permanentes do Legislativo paulistano dentro dos próximos dias, também ficam vetadas nas escolas municipais canções que valorizem a violência, promovam agressões físicas ou psicológicas, ou incitem ódio, discriminação ou intolerância, bem como faixas musicais que incentivem o uso de entorpecentes e de outras substâncias que prejudiquem a saúde e o bem-estar social.

No entendimento de Adrilles, a proposta 33/2025 tem a finalidade de proteger o ambiente educacional, garantindo que as músicas reproduzidas nas mais de 4 mil unidades de ensino municipais não transmitam mensagens que impactem negativamente o desenvolvimento e o senso crítico dos alunos, entre crianças e adolescentes:

"Considerando a importância da música no processo educacional e formativo, propomos que sejam evitadas dentro das escolas letras com apologia à pornografia, à violência e ao uso de drogas, por mais na moda que tal música esteja. Não importa se toca no TikTok, se o vizinho também ouve, se viu na tevê no programa de domingo. Dentro da escola, não!", reforça o vereador do União Brasil.  

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Curadoria

De acordo com o projeto de lei de Adrilles, Conselhos de Avaliação Musical deverão elaborar e manter um banco de músicas que seja compatível com objetivos educacionais, respeitando valores, como o respeito e o exercício da cidadania. Além disso, o colegiado em questão deverá garantir que as letras selecionadas contribuam para o desenvolvimento intelectual, cultural e ético das crianças e dos jovens:

"Esses Conselhos fortalecerão o controle interno sobre as músicas executadas nas escolas. A playlist deve estar alinhada à Educação; deve contribuir com a formação de cidadãos críticos e que saibam respeitar a diversidade, a convivência pacífica e os Direitos Humanos", reforça o parlamentar.

Descumprimento

Com a lei em vigor, a fiscalização de seu cumprimento ficará a cargo da própria Secretaria Municipal de Educação, por meio de auditorias periódicas. Escolas que descumprirem a legislação poderão ser penalizadas com advertência formal, suspensão temporária de atividades culturais ou musicais, ou até com multa administrativa.

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