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O vereador, Luís Carlos Romazzini (PT), protolocou ontem na Secretaria-geral da Câmara de Guarujá, denúncia contra o prefeito Farid Said Madi, com pedido de formação de comissão processante para investigar suposto envolvimento do prefeito no esquema de corrupção no Legislativo que ficou conhecido como ‘mensalinho’.
O parlamentar, que faz oposição ao prefeito, tentou encaminhar o pedido à Mesa Diretora na sessão de ontem, mas a solicitação não foi recebida pelo presidente do Legislativo, Carlos Eduardo Pirani (PDT), que abriu e encerrou a sessão em seguida, em luto pelo falecimento da artista plástica guarujaense Vega Nery, cujo corpo foi velado na Câmara, na manhã de ontem.
Segundo a assessoria de imprensa do Legislativo, o pedido de Romazzini não foi aceito em plenário porque todas as proposituras são encaminhadas à mesa somente no 2º expediente da sessão. No primeiro expediente é feita somente a leitura das matérias pautadas na ordem do dia, mas o pedido deve ser apreciado em plenário na sessão da próxima terça-feira.
Na denúncia, Romazzini pede ainda a cassação do mandato do prefeito. “Se o juiz se convenceu de que há indícios, participação do prefeito no caso do mensalinho, a comissão dever ser pautada e a Câmara não pode deixar de apurar as denúncias”, afirmou Romazzini. Esta será a terceira comissão processante para investigar o ‘mensalinho’ proposta no Legislativo. As últimas comissões, apresentadas no ano passado quando estourou o escândalo, foram anuladas.
Apesar da aliança de seu partido com o Governo Farid, Romazzini espera o apoio do PT. A presidente do diretório e da executiva municipal do PT, Maria Antonieta de Brito, que esteve na Câmara para apoiar a decisão de Romazzini, disse que pelo estatuto o partido não pode ir contra a iniciativa do vereador. “Se houver envolvimento que puna-se. O vereador não está exercendo mais do que seu papel de fiscalizar o Executivo”.
Sob investigação
Nove vereadores são apontados de envolvimento no ‘mensalinho’, em ação civil pública do Ministério Público do Estado de responsabilidade por ato de improbidade administrativa. Na ação são citados ainda o prefeito Farid Madi, seu assessor Ysam Said Madi e o secretário de Governo Antônio Addis Filho. Os acusados também estão sendo investigados pela Justiça e os vereadores Gilson Fidalgo Salgado, Honorato Tardelli Filho, Joaci Cidade Alves, Marcos Evandro Ferreira, Mário Lúcio da Conceição, Nilson de Oliveira Fontes, José Nílton Lima de Oliveira, Sirana Bonsonkian e Helder Saraiva de Albuquerque, foram afastados de seus cargos.
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