Política

Valério e ex-sócios são condenados em ação do mensalão mineiro

Em meados de fevereiro, o empresário e seu ex-advogado e ex-sócio Rogério Tolentino já haviam sido condenados a 2 anos de prisão cada por causa do mensalão mineiro

Pedro Henrique Fonseca

Publicado em 07/03/2014 às 20:36

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O empresário Marcos Valério Fernandes de Souza e seus ex-sócios Ramon Hollerbach e Cristiano Paz sofreram mais um revés na Justiça. Já presos para cumprirem penas impostas pelo Supremo Tribunal Federal por envolvimento no mensalão, foram condenados a novas penas de 9 anos e 2 meses de prisão e pagamentos de multas de R$ 181 mil cada pelas acusações de lavagem de dinheiro e evasão de divisas no esquema do mensalão mineiro.

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Em meados de fevereiro, Valério e seu ex-advogado e ex-sócio Rogério Tolentino já haviam sido condenados a 2 anos de prisão cada por causa do mensalão mineiro. Pela participação no esquema federal, Valério cumpre pena de mais de 40 anos de prisão e Tolentino, de 6 anos e 2 meses.

De acordo com o Ministério Público Federal em Belo Horizonte, Valério e seus ex-sócios nas agências SMPB e DNA foram acusados, nesta ação, de enviar ilegalmente para o exterior mais de US$ 628 mil (cerca de R$ 1,4 milhão) por meio da Beacon Hill Service Corporation junto ao JP Morgan Chase Bank, em Nova York, e da subconta da Lonton, offshore constituída em paraíso fiscal para captação de recursos administrados por doleiros.

O empresário Marcos Valério e seus ex-sócios sofreram mais um revés na Justiça (Foto: Divulgação)

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A juíza Rogéria Maria Castro Debelli, da 4.ª Vara Federal em Belo Horizonte, considerou que "pela análise da documentação constante dos autos, resulta certa a autoria dos ilícitos, bem como inconteste a prova da materialidade dos mesmos". Na sentença, proferida no início do ano e divulgada nesta sexta-feira, 07, a magistrada ressaltou que os recursos vieram de "uma estrutura organizada para favorecer a chapa composta por Eduardo Azeredo e Clésio Andrade na campanha ao pleito de governador do Estado de Minas Gerais no ano de 1998, por meio do desvio de verbas públicas e obtenção de recursos privados, em cuja implementação eram peça-chave as empresas DNA Propaganda Ltda, SMPB Comunicação Ltda e seus sócios".

Em 19 de fevereiro, Azeredo renunciou ao cargo de deputado federal pelo PSDB após o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, pedir ao STF que ele seja condenado a 22 anos de prisão devido ao mensalão mineiro. O Supremo ainda vai decidir se o processo continua na Corte ou será remetido à primeira instância Andrade, atualmente senador pelo PMDB, também responde a processo pelo caso no STF.

O advogado de Valério, Marcelo Leonardo, disse que ele e os defensores dos demais réus já entraram com apelação junto ao Tribunal Regional Federal da 1.ª Região. Segundo Leonardo, "os acusados são inocentes".

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De acordo com o MPF, os crimes foram descobertos nas investigações da força-tarefa Banestado, que identificou remessas ilegais de recursos ao exterior. Segundo a Procuradoria da República, apesar de as acusações se referirem ao mensalão mineiro, a ação é independente, sem relação com os processos contra Azeredo, Andrade e outros que ainda tramitam na Justiça mineira.

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