23 de Setembro de 2024 • 14:19
Grandes economias como o Brasil devem definir o quanto antes a meta de redução de emissões que pretendem alcançar, antes da Conferência do Clima em Paris, que ocorre em dezembro, defendeu hoje (20) o comissário europeu do Clima e da Energia, Miguel Arias Cañete.
O comissário não criticou nenhum dos parceiros internacionais, mas recordou que tanto a União Europeia como os Estados Unidos e a China – os três maiores emissores, já definiram suas metas. "Agora, outras grandes economias têm que fazer o mesmo e o quanto antes melhor", disse Cañete em coletiva de imprensa em Bruxelas.
"Estamos pedindo aos países do G7 e do G20 que apresentem propostas ambiciosas, porque antes [da conferência de] Paris temos que analisar o nível global de ambição e ver se estamos em linha com o objetivo", disse ele que citou a Argentina, o Brasil, a Turquia, a Arábia Saudita, a África do Sul, a Índia e a Indonésia.
A 100 dias do início da cúpula, Miguel Arias Cañete advertiu que é necessário acelerar os esforços e lamentou que as negociações técnicas estejam "seriamente atrasadas" e não estejam ocorrendo no mesmo ritmo das conversações políticas. "O progresso tem sido dolorosamente lento", afirmou, defendendo que "isto tem que mudar".
O comissário defendeu ainda a posição europeia de chegar a um acordo de cumprimento obrigatório com os países que representam 80% das emissões mundiais. O acordo deve incluir um processo de revisão a cada cinco anos. "Não pode ser um acordo baseado no mínimo elemento", explicou, "tem que ser um acordo ambicioso".
O político espanhol recordou ainda que o financiamento é uma parte fundamental do acordo, lembrando que os países capazes de ajudar devem dar sua contribuição.
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