Política

União Europeia discute sanções contra a Rússia

A França e a Alemanha sinalizaram com várias medidas ao longo da discussão desta manhã, mas só colocariam em prática caso os esforços para reunir os dois lados do conflito falhassem

Publicado em 06/03/2014 às 12:20

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Os líderes da União Europeia (UE) ameaçaram nesta quinta-feira a impor sanções contra a Rússia durante uma reunião de emergência em Bruxelas, na Bélgica. Entretanto, os países deixaram clara a necessidade de dar a oportunidade de um diálogo diplomático entre Moscou e Kiev neste segundo dia de negociação.

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A França e a Alemanha sinalizaram com várias medidas ao longo da discussão desta manhã, mas só colocariam em prática caso os esforços para reunir os dois lados do conflito falhassem. O primeiro-ministro da Suécia, Fredrik Reinfeld, disse que o bloco de 28 chefes de governo poderia discutir o congelamento de recursos, ativos e bens para os russos devido à invasão na Crimeia.

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"Haverá a pressão mais forte possível sobre a Rússia para que eles possam voltar atrás, e há uma possibilidade de usar as sanções", disse o presidente da França, François Hollande. "As sanções não têm o objetivo de aumentar as tensões. Pelo contrário, elas serão aplicadas para intensificar o diálogo", complementou.

Nesta quinta-feira, a UE confirmou sanções a 18 ucranianos ligados ao antigo governo, inclusive sobre o presidente deposto Viktor Yanukovych e os seus dois filhos, assim como os ex-ministros de seu governo.

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As discussões, convocadas depois dos rumores de que a Rússia teria invadido com tropas militares a região da Crimeia, acontece um dia após a Comissão Europeia anunciar um pacote de ajuda de 11 bilhões de euros pelos próximos dois anos à Ucrânia. Os empréstimos, no entanto, necessitam da aprovação dos 28 governos da região antes de serem liberados.

A chanceler alemã, Angela Merkel, disse que os líderes não teriam condições de evitar as conversas sobre as sanções caso não haja progresso no acordo político. "Se for ou não para entrar em vigor, vai depender de quão longe os esforços políticos vão ir", previu.

O primeiro-ministro da Áustria, David Cameron, adotou uma postura mais cautelosa e disse que os líderes devem enviar "uma mensagem muito clara" à Rússia e de que o episódio "foi inaceitável e deve ter consequências".

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Para o presidente da Lituânia, Dália Grybauskaite, os últimos acontecimentos demonstram que a Rússia estava tentando "reescrever as fronteiras da Europa sob a ótica da 2ª Guerra Mundial". "A Rússia está tentando ameaçar toda a Europa", afirmou. 

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