Política
No documento, eles dizem respeitar a trajetória de Moro e dizem que ele pode "contribuir para o cenário político nacional", mas não na disputa pelo Palácio do Planalto
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O secretário-geral da União Brasil, ACM Neto, divulgou uma nota nesta quinta-feira (31) na qual diz não admitir a hipótese de Sergio Moro ser candidato à Presidência da República pelo partido.
Moro assinou a ficha de filiação à legenda nesta quinta-feira (31).
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O texto é assinado Neto e outros sete dirigentes do União Brasil.
No documento, eles dizem respeitar a trajetória de Moro e dizem que ele pode "contribuir para o cenário político nacional", mas não na disputa pelo Palácio do Planalto.
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"Entretanto, deixamos claro que o seu eventual ingresso à União Brasil não pode se dar na condição de pré-candidato à Presidência da República", diz a nota, também assinada por Efraim Filho, 1º secretário do partido, José Agripino Maia (vice-presidente), Ronaldo Caiado, professora Dorinha, Mendonça Filho, Davi Alcolumbre e Bruno Reis, todos vice-presidentes do União Brasil.
"Caso seja do interesse de Moro construir uma candidatura em São Paulo pela legenda, o ex-ministro será muito bem-vindo. Mas, neste momento, não há hipótese de concordarmos com sua pré-candidatura presidencial pelo partido", continua a nota.
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Caso o ex-juiz não anuncie a retirada da candidatura à Presidência da República, a tendência é que haja uma contestação à filiação de Moro ao partido, que pode levar ao cancelamento da migração.
Neto teve uma conversa com Moro nesta quinta em que expôs a posição dele. O ex-juiz admite não concorrer à Presidência da República, mas ainda não tomou a decisão.
Coordenador da campanha do ex-magistrado, o advogado Luís Felipe Cunha disse à Folha que a decisão sobre o cargo ao qual ele se candidatará será tomada junto à direção do partido.
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Moro vinha sendo pressionado no Podemos a desistir da candidatura presidencial. A presidente do partido, Renata Abreu (SP), dizia a aliados não estar disposta a investir financeiramente numa campanha à Presidência.
A decisão do ex-juiz de trocar de partido foi tomada em decorrência dessas sinalizações de Renata e pela avaliação de que o Podemos preferia investir em candidaturas locais.
Diferentemente do Podemos, a União Brasil tem um fundo eleitoral e partidário robusto, além de ter mais tempo de televisão.
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Moro se filiou ao Podemos em novembro do ano passado dizendo ter o propósito de ser candidato ao Palácio do Planalto. Depois disso, após questionamentos de políticos de que ele poderia se candidatar a outro cargo, afirmou mais de uma vez que manteria a intenção de ficar na corrida presidencial.
O plano, entretanto, pode ser reformulado. Segundo o coordenador da campanha de Moro, o ex-juiz admite desistir de disputar a Presidência. A ideia é que ele debata com Bivar e decida em conjunto com o dirigente partidário a qual cargo será candidato.
Segundo a última pesquisa Datafolha, realizada na semana passada, o presidente Jair Bolsonaro (PL) demonstrou ter recuperado um pouco de fôlego na corrida para o Palácio do Planalto e chegou a 26% de intenções de voto na disputa, que segue sendo liderada pelo petista Luiz Inácio Lula da Silva, com 43%.
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Empatados em terceiro lugar vêm Moro e o ex-ministro Ciro Gomes (PDT, 6%), seguidos de perto por um pelotão de adversários.
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