Política
Na quinta-feira, o jornal O Estado de S. Paulo revelou que o ex-diretor da Petrobras incluíra o seu nome na lista de aliados do governo beneficiados pelo esquema de desvio de recursos
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O presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), disse não ter "a menor ideia" se os depoimentos do ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa e do doleiro Alberto Youssef podem alterar a composição do ministério.
"Esse depoimento do Paulo Roberto é de uma irresponsabilidade absurda. Rebato isso com muita indignação", afirmou Alves ao jornal O Estado de S. Paulo. Derrotado na eleição para o governo do Rio Grande do Norte, Alves minimizou o impacto da denúncia de que teria recebido propina. "Tudo o que está saindo é coisa requentada", insistiu, ao questionar o teor do vazamento da delação premiada de Costa.
Na quinta-feira, quando o Estado revelou que o ex-diretor da Petrobras incluíra o seu nome na lista de aliados do governo beneficiados pelo esquema de desvio de recursos na estatal, Alves divulgou uma nota à imprensa, na qual cobrou a verificação das provas.
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"Diversas supostas listas têm sido divulgadas pelos mais variados veículos de comunicação nas últimas semanas. Não há qualquer hipótese de verdade no envolvimento do meu nome com irregularidades cometidas na Petrobrás e repilo, mais uma vez, qualquer insinuação nesse sentido", escreveu o presidente da Câmara. "Reitero que delação premiada é um instrumento que beneficia o réu, não deve ser tomada como prova de verdade. Para isso, há a investigação séria dos órgãos competentes."
Alves conversou ontem com o vice-presidente Michel Temer e afirmou ter certeza de que seu nome foi "plantado" na lista para prejudicá-lo.
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