Política

Trump se recusa a pedir desculpas por gafe sobre menstruação

Durante programa veiculado pela NBC, o presidenciável se recusou a pedir desculpas pelo ocorrido, alegando que "peço esculpas quando estou errado"

Publicado em 10/08/2015 às 16:33

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Quatro dias após o debate dos pré-candidato republicanos à Presidência dos EUA, Donald Trump continua dando explicações nesta segunda (10) sobre um comentário supostamente misógino proferido logo após o evento.

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O bilionário e presidenciável afirmou que não teve a intenção de fazer um comentário inapropriado à apresentadora do debate, Megyn Kelly, da Fox News, e que a polêmica é "totalmente inflamada pela imprensa".

Durante programa veiculado pela NBC, Trump se recusou a pedir desculpas pelo ocorrido, alegando que "peço esculpas quando estou errado".

Na sexta (7), Trump insinuou que a âncora havia sido agressiva durante o debate de quinta (6) porque estava menstruada. Ele disse que Kelly tinha "sangue saindo dos olhos, sangue saindo... Sei lá de onde".

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A jornalista havia interpelado Trump sobre comentários misóginos que o empresário já fez -ele chamou uma comediante de "porca gorda" e "gorda desleixada".

Comentando o episódio nesta segunda, o pré-candidato disse que não conseguiu completar seu comentário e, por isso, foi mal compreendido. A fala polêmica foi ao ar durante uma entrevista à emissora CNN.

Donald Trump continua dando explicações sobre um comentário supostamente misógino (Foto: Associated Press)

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Liderança

O contratempo, no entanto, não parece ter prejudicado suas intenções de voto nas primárias do Partido Republicano. Uma pesquisa da NBC em parceria com a Survey Monkey aponta Trump na liderança isolada, com 23% dos votos, seguido pelo senador Ted Cruz, com 13%.

A pesquisa tem uma margem de erro de 3,4 pontos percentuais para mais ou para menos.

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O suposto comentário sobre a menstruação é a última de uma série de declarações polêmicas que o pré-candidato tem feito desde quando lançou sua campanha, em junho.

Ele já havia dito que o México estava mandando estupradores para os EUA e que o senador republicano John McCain, que foi mantido prisioneiro por quase seis anos no Vietnã, não era herói de guerra -justamente por ter sido capturado.

Sua declaração a respeito de Kelly rendeu críticas de diversos setores dentro e fora do Partido Republicano, inclusive de sua concorrente à vaga na legenda, Carly Fiorina. Ele ainda foi desconvidado de uma reunião de ativistas conservadores em Atlanta.

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