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O prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT), saiu em defesa do seu secretário de Educação e deu apoio à manifestação de Gabriel Chalita (PMDB) nesta semana de que "forças do mal" estariam por trás de investigações contra ele. "Tenho total confiança no Chalita, ele é um grande secretário, que prestou grandes serviços pro governo do Estado na época do governador Alckmin e está prestando grandes serviços para a cidade", disse Haddad nesta sexta-feira, 26.
Haddad evitou dar uma declaração direta de que haja uma conspiração política contra Chalita, mas disse ser "curioso" que as denúncias tenham aparecido em 2012 e novamente agora e que o "denunciante" deveria ser investigado. "Denúncias têm que ser apuradas mesmo quando o denunciante é irresponsável, mas haveria que se apurar também o denunciante, na minha opinião, porque talvez ele não esteja bem intencionado. É curioso que isso tenha aparecido na eleição de 2012 e agora às vésperas da próxima eleição", afirmou o prefeito.
Quando Chalita foi para a secretaria municipal de educação de Haddad, foi fechado um acordo prevendo uma chapa conjunta com o peemedebista como vice do petista em 2016. Haddad vinha sendo cobrado nos bastidores por uma posição mais enfática de defesa do secretário e virtual vice.
Na quarta-feira, 24, Chalita disse que "forças do mal" estão agindo contra ele, "requentando histórias absolutamente vencidas". O jornal O Estado de S.Paulo revelou na quarta-feira que o Ministério Público Estadual pediu à Justiça a quebra dos sigilos bancário e fiscal do secretário para dar continuidade às investigações que o colocam como suspeito de crimes de corrupção lavagem de dinheiro, peculato, fraude a licitação e formação de quadrilha, que teriam sido praticados quando ele foi secretário estadual da Educação, entre 2002 e 2005, no governo Geraldo Alckmin (PSDB).
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Uma das principais suspeitas é de que a reforma da cobertura dúplex de Chalita, comprada em 2005 e avaliada na época em R$ 4 milhões, foi paga com dinheiro de propina, que teria sido pagos por Chaim Zaher, dono do grupo SEB (antigo COC), que engloba várias editoras que tiveram livros comprados pela secretaria estadual de educação.
Merenda escolar
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O prefeito participou ao lado do ministro do Desenvolvimento Agrário, Patrus Ananias, da 6ª Conferência Municipal de Segurança Alimentar. Ele exaltou uma lei aprovada em sua gestão como ministro da Educação, em 2009, que exigiu que 30% do alimento das merendas venha da agricultura familiar.
Haddad disse que à época da aprovação da lei houve críticas de que a exigência não seria factível em cidades grandes como São Paulo. Ele relatou no entanto, que desde 2013 sua gestão levou o porcentual de alimentos com origem na agricultura familiar das merendas de escolas municipais de 1% para 23% e que seguirá aumentando para atingir o exigido na lei.
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