Política

Temos de responder à The Economist, diz Lula

O ex-presidente disse que graças a seu governo e de Dilma, os pobres têm acesso a coisas que eles nunca haviam tido

Pedro Henrique Fonseca

Publicado em 18/10/2014 às 14:51

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Em um discurso acalorado e cheio de críticas pessoais ao presidenciável Aécio Neves (PSDB), o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, atacou a revista britânica "The Economist" por ter, na edição desta semana, publicado apoio a Aécio. "Se não me bastasse a imprensa brasileira, vem a The Economist nesta semana. É um nome chique, não? Essa revista é a mais importante do sistema financeiro internacional, dos bancos, dos achacadores que dizem que são de investidores, mas que são exploradores. Pois bem. Qual é a resposta que temos que dar? Que o Aécio é candidato dos banqueiros, ótimo. A Dilma é candidata do povo brasileiro", declarou.

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Na sequência, Lula questionou o que seria de Minas Gerais e do País sem o Bolsa Família. "A Dilma não vai jogar essa crise no bolso do trabalhador. Se os banqueiros criaram a crise, eles que resolvam. Não vai ter banqueiro brasileiro ou estrangeiro dizendo em quem a gente vai votar. Brasileiro não é gado que anda perdido, nós pensamos e tomamos decisão. Porque tanto ódio da Dilma, do militante do PT?", afirmou, dizendo que "tá cheio de gente com preconceito contra a Bolsa Família".

E terminou seu discurso dizendo que graças a seu governo e de Dilma, os pobres têm acesso a coisas que eles nunca haviam tido. "Pobre não quer mais churrasquinho de gato, quer filé. Tudo bem que precisa de mais vaca, mas boi, para a carne chegar ao brasileiro e ao exterior. A gente não quer mais pé de frango, queremos peito de frango, coxa de frango", disse.

Lula atacou a revista britânica 'The Economist' (Foto: Reprodução)

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Lula, chegou com quase duas horas de atraso, foi recepcionado com gritos de "ole, ole, ola, Lula, Lula" e "Lula, guerreiro, do povo brasileiro". Antes de começar o ato, foram lidas duas cartas de moradores de Minas com duras críticas ao presidenciável tucano. Uma delas, assinada por uma psicóloga e especialista em direitos humanos, trouxe comentários sobre o último debate realizado na quinta-feira, 16, no SBT/UOL/Jovem Pan, com termos como "cínico", "megalomaníaco" e "playboy" para Aécio. A segunda carta mencionou que o tucano "bate em mulher", "cala a imprensa", entre outros. Ao final, o locutor disse que a autora da primeira carta foi ameaçada fisicamente no próprio evento.

Entre as pessoas que discursaram antes de Lula, foram representantes dos sindicatos dos professores, dos jornalistas, dos catadores de lixo do Estado, além do rapper Flávio Renegado. O governador eleito, Fernando Pimentel (PT) também fez um discurso de agradecimento aos mineiros por terem elegido ele e depois pediu voto à Dilma.

A visita de Lula hoje foi a segunda que o ex-presidente fez ao Estado desde o início da campanha. A última foi com Dilma no lançamento da candidatura ao Senado de Josué Alencar (PMDB) em Montes Claros, norte de Minas, em 1º de agosto. Lula disse no discurso que nos próximos dias irá a Pernambuco, Rio Grande do Sul, Mato Grosso do Sul e Rio de Janeiro. Conforme informações da assessoria de campanha da petista no Estado, a agenda de mobilizações nos últimos dias e nessa semana está intensa em toda Minas.

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Hoje à tarde, blocos carnavalescos se reunirão na Praça da Liberdade. No domingo, 19, pela manhã, na Praça do Papa, será realizado um "piquenique" pró-Dilma. Na terça, 21, à tarde, militantes farão um protesto em frente ao jornal "Estado de Minas", contra o que foi chamado de "imprensa marrom". A presidente, entretanto, só deve voltar ao Estado no meio da semana.

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