Política

Temer nega adesão a movimento contra Eduardo Cunha

"As relações entre governo, Câmara dos Deputados e PMDB devem ser institucionais, tendo em vista os interesses do país", disse

Pedro Henrique Fonseca

Publicado em 25/07/2015 às 23:29

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O vice-presidente Michel Temer (PMDB) usou as redes sociais neste sábado para demonstrar apoio ao presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ) e reforçar que defende o correligionário. "Não participo de movimento contra o presidente da Câmara", escreveu. "As relações entre governo, Câmara dos Deputados e PMDB devem ser institucionais, tendo em vista os interesses do país", completou. Logo após a publicação de Temer, Cunha retuitou o post do presidente do PMDB.

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A sinalização de Temer de apoio a Cunha acontece depois de o Blog do Fernando Rodrigues publicar que o comando do PMDB e o Palácio do Planalto já teriam iniciado o debate para uma substituição de Cunha, caso ele venha a ser denunciado pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot. Cunha foi acusado pelo lobista Julio Camargo, em delação premiada no âmbito da Operação lava Jato, de pedir US$ 5 milhões em propina para que um contrato de navios-sonda da Petrobras fosse viabilizado.

Ontem,a bancada do PMDB já havia soltado uma nota de apoio a Cunha dizendo que não aceitaria "especulações que visem a enfraquecer a autoridade institucional do presidente da Câmara". "Em cinco meses, o deputado Eduardo Cunha conseguiu resgatar relevância ao Parlamento - que voltou a se mostrar produtivo, independente e atuante. Ele imprimiu ritmo à Câmara dos Deputados. Temas há muito exigidos pela sociedade e jamais colocados em pauta foram finalmente enfrentados. A credibilidade do Legislativo passa pela rapidez com que consegue ouvir e atender às demandas das ruas, mas a Democracia e seus preceitos são cláusulas pétreas das quais a nossa bancada não abrirá mão", afirmaram os parlamentares do partido em nota.

Michel Temer negou que tenha aderido ao movimento contra Eduardo Cunha (Foto: Agência Brasil)

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