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O vice-presidente da República e presidente nacional do PMDB, Michel Temer, disse nesta segunda-feira, 26, não acreditar que a Polícia Federal possa ter sido usada em alguma ação para prejudicar a candidatura de Eduardo Cunha (PMDB-RJ) à presidência da Câmara dos Deputados. "Não acredito e nem o Eduardo Cunha acredita. A polícia federal cumpre seu papel de investigação. Eu não acredito que alguém da Polícia Federal pudesse fazer isso", afirmou, após sair de um evento na Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (FIESP).
Na terça-feira, 20, Eduardo Cunha apresentou o áudio de uma gravação feita em tom teatral, supostamente com a intenção de prejudicá-lo politicamente em um momento em que as tensões se acirram principalmente contra o candidato ligado ao governo Arlindo Chinaglia (PT-SP). A questão é alvo de inquérito da Polícia Federal. A eleição para presidência da Casa ocorre no próximo domingo.
Sobre o tom da disputa, Temer disse que é natural que seja mais duro à medida que o pleito se aproxima. "É natural que ocorram acidentes e incidentes. Nesta última semana, há um agravamento nesses incidentes, mas tenho certeza que, ao final dessa semana, feita a eleição, a Câmara se pacifica em torno do candidato eleito."
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Leis trabalhistas
Temer admitiu que "ajustamentos" às leis trabalhistas vinham sendo discutidos no passado. Ao ser questionado por jornalistas se as alterações anunciadas pelo governo envolvendo abono salarial e seguro desemprego teriam sido discutidas antes da eleição, disse: "Ajustamentos começaram a ser examinados no passado e agora vão ser implementados. São variações mais do que naturais."
Temer repetiu o discurso do Planalto de que as mudanças não trarão prejuízos aos trabalhadores e preferiu não entrar na questão que vem sendo discutida pela oposição, de que a presidente Dilma Rousseff (PT) teria mentido durante a campanha eleitoral. Na disputa por sua reeleição, Dilma disse que não mexeria em direitos trabalhistas "nem que a vaca tussa".
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