Continua depois da publicidade
Na retomada do julgamento, o Supremo rejeitou totalmente recursos de quatro réus mantendo suas condenações e as penas proferidas no ano passado. Entre eles está o deputado federal Valdemar Costa Neto (PR-SP). Também foram derrubadas cinco preliminares apresentadas pela defesa de 16 dos 25 condenados, como o ex-ministro José Dirceu.
Os ministros retomarão nesta quinta-feira a análise dos recursos e decidirão a situação do ex-deputado Roberto Jefferson (PTB). Os temas mais polêmicos, como a possibilidade de novo julgamento para crimes atribuídos a 12 réus, deverá ocorrer apenas nas próximas semanas pela ausência do ministro Teori Zavascki no reinício do julgamento por ter perdido sua esposa na segunda-feira, vítima de câncer.
Na sessão desta quarta, os ministros rejeitaram recurso no qual a defesa de Costa Neto sustentava que a situação dele se assemelha à do publicitário Duda Mendonça, absolvido no ano passado. Duda tinha conseguido se livrar da acusação alegando que milhões de reais depositados numa conta no exterior foram, na realidade, o pagamento por serviços publicitários prestados. Valdemar Costa Neto disse que os recursos recebidos por ele tinham o objetivo de cumprir um acordo eleitoral. O argumento não convenceu o plenário, que manteve a pena de 7 anos e 10 meses pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro.
O Supremo rejeitou ainda os argumentos das defesas do ex-deputado José Borba, ex-líder do PMDB, do ex-secretário do PTB Emerson Palmieri e do ex-tesoureiro do PL Jacinto Lamas.
Continua depois da publicidade
O tom do primeiro dia foi dado pelo ministro Joaquim Barbosa, que acumula a presidência e a relatoria. Ele começou levando a plenário questões que eram comuns a vários embargos, as quais classificou de preliminares. Dentro do bloco estavam pedidos feitos pela defesa de alguns dos principais réus, como os do ex-ministro José Dirceu de se nomear um novo relator para os embargos e republicação do acórdão com as partes retiradas a pedido dos ministros.
Foram rejeitadas ainda as preliminares questionando a competência do Supremo para analisar a situação de réus sem foro privilegiado, a metodologia utilizada para a definição das penas e o voto do ministro Ayres Britto nos casos em que ele não fixou as penas.
Continua depois da publicidade
Os ministros rejeitaram também pedido da defesa de Carlos Alberto Quaglia de por meio dos embargos o declarar inocente do crime de quadrilha, mas decidiram pela concessão de habeas corpus livrando-o da acusação porque os outros supostos integrantes do grupo foram absolvidos. Este réu teve o processo repassado no ano passado para a primeira instância por vícios formais.