Política

Skaf diz que falta controle da corrupção no Estado de São Paulo

Perguntado se não havia corrupção também no governo federal, ele disse que censura com rigor qualquer tipo de corrupção

Pedro Henrique Fonseca

Publicado em 02/10/2014 às 17:57

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O candidato do PMDB ao governo do Estado, Paulo Skaf, atribuiu à falta de controle do governo de seu adversário, Geraldo Alckmin, candidato à reeleição, os casos de corrupção que ocorrem no Estado. "São Paulo é um Estado que tem educação, saúde e segurança ruins, obras que não terminam nunca, no entanto temos aí corrupção nos trens, no metrô e em tantas empresas ligadas ao Estado. Precisa mudar isso." Os casos ocorrem, segundo ele, por falta de controle e eficiência na gestão pública. "Temos de acabar com isso e só acaba com gestão eficiente e controle."

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Perguntado se não havia corrupção também no governo federal, ele disse que censura com rigor qualquer tipo de corrupção. "Como sou candidato a governador de São Paulo, estou me direcionando ao que ocorre em São Paulo. Peço que me deem a oportunidade de ser governador para acabar com isso." Ele falou com os jornalistas após uma caminhada pela região central de Americana, região de Campinas. A dona de casa Dalva Marques pediu que o candidato interviesse para tirar seu filho da prisão, alegando que ele foi acusado injustamente de receptação. Ela disse ter pago R$ 7 mil para que o filho, réu primário, ficasse preso numa unidade próxima de Americana.

Skaf rezou numa igreja católica - a Basílica de Santo Antonio - e caminhou por um calçadão entrando nas lojas. Numa delas o vendedor Antonio Carlos Souza Júnior contou que ele e seu pai trabalharam na empresa do candidato, "um bom patrão". Professora estadual há 23 anos, prestes a se aposentar com salário de R$ 1.430, Márcia Farias fez um apelo: "Tem de melhorar nosso salário e acabar com a aprovação direta. Meu neto está na sétima série e não aprendeu nada." Durante a caminhada, algumas pessoas viraram o rosto para evitar contato com o político.

Paulo Skaf afirmou que falta controle da corrupção no Estado de São Paulo (Foto: Divulgação)

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Diante do candidato, o cadeirante Lourival Ferreira, de 54 anos, protestou contra a falta de água na cidade derramando um copo d'água sobre a própria cabeça. O serviço de água é municipal, mas Skaf aproveitou para criticar o governador. "Falta de água não é falta de chuva. Faltou água em 2004 e o o governador tinha que fazer uma série de obras e não realizou. Agora falta água de novo e o povo paga o pato." Skaf disse esperar o segundo turno para enfrentar Alckmin nos debates. "Ao invés de perguntar para o (Walter) Ciglione (candidato do PRTB) ele vai ter de perguntar para mim."

Em Santa Bárbara d'Oeste, na mesma região, o peemedebista desfilou numa Romiseta, o primeiro carro brasileiro, fabricado em 1959. O veículo é do candidato a deputado estadual Fernando Romi Zanatta, que também pôs na carreata do PMDB um jipe e um caminhão do Exéercito arrematados em leilão, mas ainda com as cores verde-oliva originais. O trânsito ficou tumultuado e alguns motoristas xingaram. O peemedebista também fez corpo a corpo no centro e ganhou um afago de Edson Rossi, de 76 anos. "Pelo que o senhor fez no Sesi e no Senai merece a minha confiança."

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