ELEIÇÕES 2022

Segurança de STF e Congresso nas eleições usará esquema do 7 de Setembro

Os prédios do Congresso e do STF serão protegidos com gradis, como em 7 de Setembro, segundo a Polícia Militar do Distrito Federal

EDUARDO MILITÃO E PAULO ROBERTO NETTO - FOLHAPRESS

Publicado em 30/09/2022 às 21:21

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Congresso Nacional iluminado para a campanha Setembro Amarelo, de prevenção ao suicídio / Fabio Rodrigues Pozzebom

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Os esquemas de segurança do Congresso Nacional e do STF (Supremo Tribunal Federal) usarão, neste sábado (1º) e domingo (2), meios de prevenção a ataques e invasões semelhantes aos adotados no feriado do Dia da Independência, em 7 de Setembro.

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A reportagem apurou que a ideia é não mudar nada do que está previsto, mesmo com disparos de mensagem de texto para celulares em que se anunciava possível invasão dos dois prédios caso o presidente Jair Bolsonaro (PL) saia derrotado na eleição.

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Os prédios do Congresso e do STF serão protegidos com gradis, como em 7 de Setembro, segundo a Polícia Militar do Distrito Federal. No entanto, a Esplanada dos Ministérios continuará aberta, diferentemente do que houve no feriado.

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Por segurança, os detalhes do esquema de proteção não serão divulgados, de acordo com as assessorias do Supremo, da Câmara e do Senado.

Mas algumas medidas são conhecidas: reforço no patrulhamento das áreas, aumento do efetivo de sobreaviso e comunicação intensa com outras forças de segurança, como a PM do Distrito Federal, a Polícia Federal e a segurança do próprio TSE (Tribunal Superior Eleitoral).

A Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal e o Tribunal Regional Eleitoral do DF não exigirão "lei seca", a proibição da venda de bebidas alcoólicas na véspera e no dia da votação, na capital federal.

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"Estamos confiando na responsabilidade dos eleitores", afirmou à reportagem o presidente do TRE-DF, o desembargador Roberval Belinatti. "Baseados no histórico de eleições anteriores, não houve ocorrências relevantes", disse.

Ele afirmou à reportagem, porém, que, se algum eleitor chegar embriagado ou drogado nos arredores do local de votação, será preso.

O Ministério da Justiça criou em Brasília um Centro Integrado de Comando e Controle Nacional. No local, vão trabalhar integrantes de polícias civis, polícias militares, bombeiros, secretarias de Segurança estaduais, Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal, Abin (Agência Brasileira de Inteligência) e Ministério da Defesa. O comitê ainda vai trabalhar com centros de controle nos estados.

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"Entre os impactos na segurança pública que poderão ser observados durante o pleito, estão possíveis crimes eleitorais (boca de urna, transporte ilegal de eleitores, compras de votos, entre outros), manifestações pacíficas ou violentas, bloqueio de vias, rixas, ameaças e atentados, temporais ou alagamentos e quedas de energias em locais de votação e de apuração dos votos", informou a Polícia Federal em comunicado nesta semana.

Serão utilizados drones para flagrar compras de votos e outros crimes, acrescentou a corporação.

O coronel da reserva da PM de São Paulo Alan Fernandes disse, em artigo publicado num boletim do Fórum Brasileiro de Segurança Pública na última quarta-feira (28), que os policiais terão um trabalho adicional, além do tradicional combate a boca de urna, compra de votos e porte de armas. Trata-se da "crença" em fraudes no processo de votação.

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"A simples crença de que o processo é ilegítimo se adiciona à variável de risco citada acima, pois traz em si o risco à tranquilidade dos trabalhos no dia da votação motivados por pessoas e grupos que queiram dar forma, deliberada e artificial, aos seus conteúdos políticos autoritários", afirmou Fernandes.

O coordenador do Centro de Estudos em Segurança Pública da PUC de Minas, Luís Flávio Sapori, defendeu, no mesmo boletim, que os planos de segurança estaduais sejam transparentes e informados à população com antecedência.

Ele avaliou que, apesar dos temores de violência, não há motivos para preocupações.

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"Não estamos à beira de um cenário no qual bolsonaristas e petistas se digladiariam nas ruas", afirmou Sapori.

"O risco de violência ao qual nos referimos não chega a tal ponto", continuou ele, no artigo do boletim.

Um integrante do Centro Integrado de Comando e Controle Nacional, em Brasília, afirmou à reportagem que a previsão é de uma eleição pacífica, sem incidentes mais graves dos que normalmente acontecem em todos os pleitos.

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Na capital federal, esse centro nacional vai se comunicar com um equivalente brasiliense, de acordo com secretário de Segurança Pública do DF, Júlio Danilo, em nota distribuída à reportagem.
"Todo o processo será monitorado por meio de servidores em campo e câmeras de videomonitoramento, com imagens que serão encaminhadas ao Centro Integrado de Operações", declarou Danilo.

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