Política

Se não votar semana que vem, reforma será em fevereiro, diz Temer

O presidente confirmou que a discussão da reforma começará no plenário da Câmara na quinta (14) e que a tentativa de votação ocorrerá entre segunda (18) e terça (19)

Folhapress

Publicado em 13/12/2017 às 08:30

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Presidente Michel Temer disse que se não for votada semana que vem, a reforma será em fevereiro / Divulgação/Fotos Públicas

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O presidente Michel Temer afirmou que tentará votar a reforma da Previdência na semana que vem, mas disse esperar que uma nova data seja marcada para fevereiro caso não haja votos este ano. Segundo ele, essa decisão, porém, será tomada somente na terça (19), após a tentativa de votação no plenário da Câmara.

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De acordo com Temer, se o Planalto sentir que não tem os 308 votos suficientes, a ideia do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), é de já marcar uma nova data para fevereiro.

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A declaração foi dada na saída de almoço com o presidente da Macedônia, Gjorge Ivanov, no Palácio do Itamaraty.

Temer confirmou que a discussão da reforma começará no plenário da Câmara na quinta (14) e que a tentativa de votação ocorrerá entre segunda (18) e terça (19).

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"Nós vamos levantar os votos. E, tendo os votos necessários, e eu acredito que talvez seja possível [votar]", disse.

Questionado sobre o que fazer se não houver votos para aprovar este ano, Temer respondeu: "Aí já fica marcada [a votação]. [Se não for possível] A ideia que o [Rodrigo] Maia tem é de encerrar a discussão e daí marca para fevereiro", afirmou.

O presidente disse que a reforma não será colocada em votação caso corra risco de ser derrotada. A estratégia é evitar "constrangimento" à base aliada, disse.

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"A prudência recomenda que se analise com muito cuidado para não constranger os deputados", disse.

Privilégios

Mais cedo, Temer fez uma cobrança pública à base aliada e afirmou que não há argumentos para que parlamentares governistas não apoiem a proposta.

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Na posse da nova diretoria da CNA (Confederação Nacional da Agricultura), ele disse que a única justificativa possível para ser contra a iniciativa é a manutenção de privilégios para servidores públicos que ganham mais de R$ 5 mil.

"A única razão seria, bom, não voto pela reforma previdenciária porque ela alcança os servidores públicos que ganham mais de R$ 5 mil, que é o teto", disse. "Quando tiver de dar explicação, é porque vota a favor daqueles que são privilegiados ou que se utilizam de certas demasias do nosso sistema", acrescentou.

Mesmo com a expectativa pessimista de votar neste ano, Temer tem feito um último esforço para evitar que ela fique para o ano que vem.

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Nesta terça-feira (12), ele promoverá encontro com investidores e empresários para pedir ajuda. O objetivo é que eles pressionem parlamentares indecisos da base aliada a votarem a proposta na próxima semana.

Na segunda-feira (11), o presidente ordenou que as pastas da Saúde, Cidades e Integração Nacional agilizem para até a próxima semana a liberação de emendas parlamentares travadas desde o mês passado.

Segundo a Folha apurou, só na Saúde o montante é de pelo menos R$ 500 milhões em reformas de unidades hospitalares e entrega de ambulâncias.

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