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O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), afirmou nesta segunda-feira que, caso seja confirmada a formação de cartel em licitações de obras do metrô e da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM), o governo do Estado pode ser considerado uma vítima do esquema. "São Paulo já está fazendo investigações. Se for confirmado algum cartel, o Estado é vítima e entrará, imediatamente, com ação de indenização e ressarcimento de possíveis prejuízos", afirmou.
Alckmin lembrou que o governo de São Paulo entrou na Justiça para ter acesso ao conteúdo completo das investigações realizadas pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) - órgão ligado ao Ministério da Justiça. De acordo com ele, é "estranho" e "lamentável" o fato de o Cade decretar sigilo nas informações. "O Estado é parceiro do governo federal e o maior interessado na investigação. Não haveria nenhuma razão para São Paulo não ter acesso às informações da investigação. O Cade diz que pode ter sigilo. Um sigilo estranho. As informações todas estão na imprensa", argumentou.
Perguntado sobre as denúncias de que haveria participação de agentes públicos na formação dos cartéis, Alckmin afirmou que, se for confirmado, o agente será "rigorosamente responsabilizado". "Não tem informação a esse respeito, e se tiver, o agente público será rigorosamente responsabilizado", afirmou.
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O governador de São Paulo disse acreditar que a Justiça vai liberar o acesso do governo estadual às informações sobre a investigação. "Temos confiança de que a Justiça dará acesso ao conjunto da investigação para que (o governo paulista) possa atuar no sentido de punir as empresas caso se confirme o cartel", afirmou.
A denúncia de acordo entre empresas partiu da multinacional alemã de tecnologia Siemens, que afirma ter apresentado às autoridades do Brasil documentos que comprovariam a formação de cartel para licitações de obras do metrô em São Paulo. As declarações de Alckmin foram feitas durante cerimônia de inauguração da sede do Centro Paula Souza, na região central da capital paulista. No local, também funcionará a Escola Técnica Estadual (Etec) Santa Ifigênia. O governo investiu R$ 85 milhões na obra. Estavam presentes, além de Alckmin, os ex-governadores José Serra (PSDB) e Alberto Goldman (PSDB).
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