Política
O candidato derrotado do PMDB ao Governo de São Paulo disse não enxergar a indicação como uma tentativa de frear uma possível candidatura dele à Prefeitura de São Paulo
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O candidato derrotado do PMDB ao Governo de São Paulo, Paulo Skaf, afirmou nesta terça-feira, 20, ter encarado com "muita naturalidade" o convite do prefeito Fernando Haddad (PT) para Gabriel Chalita (PMDB) assumir a Secretaria Municipal de Educação. Em entrevista à imprensa após tomar posse como presidente do Conselho Deliberativo do Sebrae-SP, ele disse não enxergar a indicação de Chalita como uma tentativa de frear uma possível candidatura dele à Prefeitura de São Paulo nas eleições de 2016.
O também presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) afirmou ainda que, caso Chalita queira disputar as eleições como vice na chapa de Haddad, será uma decisão do PMDB, "que creio que ainda não tenha sido tomada". "É uma decisão das pessoas envolvidas, mas toda essa discussão não é para agora, é para daqui a um ano", afirmou, destacando que tem compromissos até 2018 como presidente da Fiesp e de outras entidades.
Nos bastidores, a informação é de que a nomeação de Chalita para a Secretaria de Educação teria sido arquitetada pelo prefeito Fernando Haddad e pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, como uma forma de isolar Skaf no PMDB, evitando uma candidatura do peemedebista em 2016. Com a indicação, Chalita sairia candidato a vice na chapa de Haddad, com a promessa de que, em 2018, o petista seria candidato ao governo de São Paulo, abrindo a possibilidade para Chalita virar prefeito.
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Skaf minimizou a importância da nomeação de Chalita. "Vocês veem como uma forma extraordinária, mas vejo com muita naturalidade. Se o PMDB não já fizesse parte do governo (municipal e estadual) se fosse uma novidade. Mas o PMDB já faz parte, então, que diferença faz?", afirmou.
Na avaliação de Skaf, o prefeito tem o direito de convidar e Chalita, o de aceitar. "Eu não tenho nada a ver com isso", disse. Questionado se pretende ser candidato a prefeito em 2016, o peemedebista desconversou e disse ser "muito cedo" para discutir sucessão municipal.