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Os jogadores de futsal que pedem mudanças na Confederação Brasileira de Futsal (CBFS) ganharam um importante aliado nesta sexta-feira. O deputado federal Romário (PSB-RJ) recebeu em seu gabinete em Brasília o ex-capitão Vinicius e prometeu que, a partir da próxima semana, vai iniciar "a ação". O craque do tetra defende uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) do Esporte Olímpico.
Romário não tem medido palavras contra dirigentes esportivos alvos de críticas. Na sua página no Facebook, postou nesta sexta-feira que Vinicius havia pedido seu apoio "para limpar o esporte de gestores corruptos, como o atual presidente da confederação, Aécio Borba Vasconcelos"
"Vinícius fez um desabafo que, com certeza, é o mesmo grito entalado de tantos atletas do Brasil. Aqueles que suam a camisa dentro das quadras, mas veem seu amado esporte ser roubado por corruptos. Ele pediu uma auditoria nos contratos de patrocínio dos Correios e do Banco do Brasil com a CBFS. Existem claros indícios de irregularidades", postou Romário.
Mais cedo, a CBFS encerrou o silêncio para rebater as acusações de Falcão. Na semana passada, o ala de 36 anos, um dos maiores craques da história da modalidade e duas vezes eleito o melhor de um Mundial, afirmou que a administração da entidade é "triste, pífia e deprimente" e disse que não defende mais a seleção nacional enquanto a atual gestão estiver no comando.
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Nesta sexta, Borba Vasconcelos alegou ter o "dever de vir a público esclarecer os fatos". Em nota, que é dividida em nove tópicos, a entidade ressalta que não pretende polemizar com o atletas, mas, entre outras coisas, ressalta que Falcão participou de dois dos sete títulos mundiais conquistados pela seleção brasileira.
"Além dele, muitos outros atletas, aqui não nominados para não se cometer injustas omissões, foram igualmente importantes e marcantes nas conquistas de outros cinco (5) títulos mundiais (1982, 1985, 1989, 1992 e 1996), gerações essas que não contaram com o talento do craque Falcão", disse a nota oficial.
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Na tentativa de defender a gestão atual, a CBFS afirmou que o futsal do País não andou 20 anos para trás, como afirmou o jogador. "Declarar que o Futsal do Brasil andou 20 anos para trás é esquecer a história vitoriosa que o próprio Falcão ajudou a construir, pois nenhum dos 209 países filiados à Fifa obteve, nem por sonho, como o Brasil, o láureo de heptacampeão masculino (em 10 títulos disputados), nem de tetracampeão mundial feminino (em 4 títulos disputados)", destacou a CBFS.
No mesmo dia em que Falcão atacou a CBFS, o ala Vinicius, capitão do Brasil nos dois últimos Mundiais da modalidade, também se rebelou contra a entidade, divulgando uma carta assinada por Aécio de Borba Vasconcelos, na qual o dirigente avisa os atletas que eles poderiam não receber nenhuma premiação mesmo se vencessem o Mundial da Tailândia, em 2012. E, campeão do torneio, ele garante que não ganhou nenhum prêmio em dinheiro pela conquista.
Por fim, o texto nega que a CBFS tenha virado uma ditadura, conforme apontou Falcão na semana passada. "O atleta demonstra que ainda não tomou conhecimento de alteração estatutária aprovada pela unanimidade da Assembleia Geral", ressalta a nota.
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Ao criticar a CBFS, Falcão também prometeu que boa parte dos jogadores que disputaram os dois últimos Mundiais anunciarão também que não defenderão mais a seleção enquanto a atual gestão estiver no comando. O problema de Falcão é principalmente com o diretor de seleções da entidade, Edson Nogueira, que assumiu o cargo em janeiro do ano passado.
Nogueira é responsável pela demissão do supervisor Reinaldo Simões e do massoterapeuta Maurício Leandro. Em solidariedade, o técnico Marcos Sorato, o Pipoca, decidiu pedir demissão após ser campeão mundial. Toda a comissão técnica acabou modificada.
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