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O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, disse nesta segunda-feira, 28, em referência à crítica do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao resultado do julgamento do mensalão, que se tratou de "um processo jurídico com um julgamento jurídico". Lula, em entrevista à Rádio e Televisão Portuguesa (RTP) exibida no fim de semana, afirmou que a condenação de ex-dirigentes do PT foi resultado de "80% de decisão política e 20%, jurídica".
"Ele tem todo o direito de falar, todo brasileiro tem. Graças a Deus, a gente vive num país democrático, de liberdade de expressão absoluta, que tem que ser garantida pelo próprio MP", disse Janot. "Foi uma ação penal que se desenvolveu perante o mais alto tribunal do País, que chegou ao seu final garantida a ampla defesa e o contraditório."
O procurador não quis comentar a possibilidade de a presidente Dilma Rousseff ser investigada por causa da compra da refinaria de Pasadena, nos Estados Unidos, pela Petrobras, em 2006. À época, Dilma era presidente do conselho da estatal que avalizou a compra. "Isso está sob exame. O MP não fala o que vai fazer, e sim faz, e explica depois, se tiver dúvida."
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Janot veio ao Rio trazido pelo projeto Ministério Público pela Educação (MPEduc), que visa a melhorar a qualidade da educação pública básica no Brasil por meio de uma análise aprofundada das condições das escolas e do ensino que aponte suas deficiências.
Ele visitou um colégio municipal na zona oeste com uma equipe do MP e conversou com a diretora para saber das dificuldades estruturais e de lacunas na equipe. Foi verificada a falta de espaço grande o bastante para os 1.100 alunos brincarem e se alimentarem. O MPEduc está começando um diagnóstico em escolas de 14 Estados. O pressuposto é que não falta verba para a educação, e sim gestão eficiente.