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Após visitar a presidente Dilma Rousseff, o presidente do Senado Renan Calheiros (PMDB-AL), afirmou nesta quinta-feira, 25, que quer incluir ex-presidentes da República em debate sobre a reforma política. A intenção dele é chamar José Sarney, Fernando Collor - ex-presidente que sofreu processo de impeachment e atualmente senador pelo PTB de Alagoas -, Fernando Henrique Cardoso e Luiz Inácio Lula da Silva para opinar sobre mudanças no sistema. Renan Calheiros quer também procurar a Confederação Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) na discussão.
O presidente do Senado disse que Dilma ficou "entusiasmada" com a possibilidade de também participar das discussões para mudar a política brasileira. Renan - que já se reuniu com integrantes do Supremo Tribunal Federal e esta tarde conversará com o presidente da Corte, Ricardo Lewandowski -, disse que todos os Poderes vão colaborar.
"Essa é uma questão mais do Legislativo, mas precisamos acertar até aonde podemos ir com relação à mudança da Constituição, à mudança da legislação infraconstitucional. É preciso permanentemente conversar com o Judiciário e o Executivo. Eu acho que a causa do fracasso das tentativas de mudanças da política é porque nunca se envolveu, num esforço só, todos os poderes da República. Essa é uma oportunidade de fazê-lo", avaliou.
As falas de Renan - logo após a visita ao Palácio do Planalto - demonstram uma sutil mudança de postura dele. Os dois estavam em rota de colisão nos últimos meses, desde que Renan teve importantes aliados retirados de cargos-chave no governo Dilma. O peemedebista acusou, nos bastidores, o governo de estar por trás da inclusão do nome dele na lista de investigados na Operação Lava Jato.
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