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O Legislativo não vai abrir mão de aprimorar o ajuste fiscal proposto pelo governo, disse ontem (24) o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), ao discursar para empresários e parlamentares. No início do mês, o presidente do Senado devolveu ao Executivo a medida provisória que reduz a desoneração da folha de pagamento.
“O ajuste como está, tende a não ser aceito pelo Congresso porque é recusado pelo conjunto da sociedade e o Legislativo é a caixa de ressonância da população”, afirmou Renan na abertura de evento da Confederação Nacional da Indústria (CNI).
O presidente do Senado defendeu a negociação como padrão a ser seguido em relação às medidas de ajuste como ocorreu, por exemplo, com a correção da tabela do Imposto de Renda. “Não é imposição de um lado e muito menos a rendição do outro”, ressaltou.
“A desoneração da folha de pagamentos foi importante para manter os empregos. É um erro, e não seria o primeiro a querer ajustar as contas públicas em detrimento dos mais pobres e em prejuízo do setor produtivo. O fim da desoneração, como quer o governo, será um colapso no aumento da produtividade e do emprego no Brasil”, acrescentou.
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Renan avaliou que país vive um momento “difícil” e “grave”. Ele reconheceu a necessidade de fazer o ajuste fiscal, destacando que é preciso diminuir o tamanho do Estado brasileiro e reduzir o número de ministérios. “Se aplaudimos recentemente o [Programa] Mais Médicos, está na hora do programa menos ministério. Vinte, no máximo”.
“A lógica perversa de aumentar a receita através de impostos, tributos, serviços públicos e combustíveis precisa ser substituída pelo corte de custos do Estado brasileiro”, disse.
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Ao fim do discurso, o presidente do Senado ressaltou que o Congresso Nacional estará unido na defesa do emprego, dos salários e da retomada do crescimento e informou que negocia com o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), a elaboração de uma pauta que priorize as urgências nacionais, com tramitação privilegiada nas duas Casas do Parlamento.