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O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), ironizou nesta quinta-feira, 10, movimentação, liderada pelo senador Rodrigo Rollemberg (PSB-DF), de indicar um consultor da Casa para vaga de ministro do Tribunal de Contas da União (TCU).
"Foi um avanço do Rodrigo, porque da outra vez, ele indicou o nome da mãe do Eduardo Campos", afirmou Renan, referindo-se à articulação do PSB na indicação de Ana Arraes, mãe do agora pré-candidato à Presidência da República do PSB.
A manifestação de Renan vem horas depois de o nome de sua preferência, e que contava com total simpatia do Palácio do Planalto, o senador Gim Argello (PTB-DF), precisou desistir da indicação. Gim foi alvo de intensas críticas nos últimos dias, mas chegou ao limite, após manifestação pública do presidente do TCU, Augusto Nardes. Por meio de nota, o ministro pediu a "observância dos requisitos constitucionais previstos para a posse de qualquer cidadão que venha a ser membro da Corte".
A presidente Dilma Rousseff acabou avalizando o nome de Gim como forma de manter a fidelidade do PTB. A manutenção do apoio é necessária não apenas para garantir à Dilma minutos a mais nas propagandas eleitorais, como também mais uma forma de segurar reações indigestas ao governo em um momento de tensão no Congresso com a possibilidade da instalação da CPI da Petrobras.
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Antes da desistência de Gim, em reação, líderes da oposição apresentaram um nome alternativo. Eles indicaram Fernando Moutinho, ex-auditor do TCU entre 1995 e 2006, economista pós-graduado em Auditoria e Ciência Política. A opção será debatida em reunião do PMDB na terça-feira.
O líder do partido no Senado, Eunício Oliveira (CE), já adiantou que não conhece Moutinho, mas acha que o momento não é adequado para outra indicação política ao órgão. "O momento está muito atritado. Vou defender um nome técnico", afirmou o senador.
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