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Após ser confrontado nas eleições para a presidência do Senado, o grupo de Renan Calheiros (PMDB-AL) articulou uma chapa para os demais cargos da Mesa sem respeitar a regra da proporcionalidade que costuma ser seguida. Com isso, PSDB e PSB, os dois principais partidos que articularam a candidatura de Luiz Henrique (PMDB-SC), devem ficar sem cargos na nova composição.
Por tradição, os partidos com as maiores bancadas têm direito a indicar nomes para os postos da Mesa. Mas desde segunda-feira, dia 2, Renan vinha avisando que, como esses partidos não haviam respeitado a indicação oficial do PMDB para o cargo de presidente, essa movimentação havia aberto o precedente para que isso acontecesse com os demais cargos.
O PSDB, que é o terceiro partido em número de senadores, teria direito a indicar um nome para primeira-secretaria, que agora pode ficar com o senador Vicentinho (PR-TO). O PSB que estava contando ficar com a terceira ou a quarta secretaria, também não deve ser contemplado. Pelo novo acordo, a segunda-secretaria pode ficar com o senador do PP, Gladson Cameli (AC); a terceira, com Zezé Perrela (MG), do PDT; e a quarta com a petista Angela Portela (RR).
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O PT, que apoiou Renan e também participou do novo acordo, vai indicar ainda Jorge Viana para a primeira vice-presidência da Casa. A segunda vice caberá a Romero Jucá, do PMDB. Os demais partidos podem apresentar candidatos para as vagas, mas dificilmente conseguirão maioria em plenário. A votação ainda não começou, porque os senadores discutem questões de ordem.