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O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, disse nesta segunda-feira, 14, que as medidas de redução de gastos obrigatórios e discricionários no valor de R$ 26 bilhões anunciadas pelo ministro do Planejamento, Nelson Barbosa, deixam claro o esforço feito pelo governo para cortar da própria carne. "São reduções importantes, que envolvem de maneira significativa o funcionalismo púbico, o funcionamento da máquina, além daquilo que já havia sido feito no preparativo do orçamento apresentado no final de agosto, que já envolvia um redirecionamento de um número significativo de programas", falou em coletiva em Brasília.
Ele ponderou, no entanto, que o Brasil está num "momento difícil" e que por isso se faz necessário "ajustar muitas coisas", sinalizando que seriam anunciadas medidas para aumentar as receitas. "O governo conseguiu cortar mais de R$ 26 bilhões sem deixar de cumprir suas obrigações", salientando que o governo está assumindo compromissos adotados em anos anteriores e que está fazendo economia na Previdência com trabalho de gestão intenso.
Sobre o pacote apresentado por Barbosa, Levy comentou que é um trabalho da sociedade e do Congresso. "Estamos fazendo a otimização de recursos na área da saúde, no PAC, que permite que todos possam contribuir de diversas formas para o cumprimento das despesas de saúde e para também o investimento (nas obras) em todos os lugares do País", disse, lembrando medida que vai direcionar verbas de emendas parlamentares tanto para o PAC como para o cumprimento dos investimentos em saúde.
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"É importante que possam participar em momentos de necessidade. Os parlamentares demonstram preocupação com a capacidade do governo de dar continuidade a essas obras", falou. Além disso, segundo ele, as medidas de cortes anunciadas envolveram todos os ministérios para alcançarem o resultado mais satisfatório possível.
Ele também reiterou a confiança da economia brasileira, no tamanho do mercado do Brasil e no setor produtivo nacional, mas disse que o esforço na redução de despesas "leva até certo ponto".
"No momento em que tem uma redução importante da atividade econômica e da arrecadação você tem que lançar mão também de outros recursos", explicou, lembrando que o governo da Inglaterra aumentou os impostos equivalentes ao PIS e ao Cofins e foi o primeiro a sair da crise. "Vamos procurar explorar outras fontes que vão dar contribuição", afirmou. "Vamos atravessar este momento com o mínimo de aumento de carga tributária", acrescentou.
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