Política

Receita investiga Eduardo Cunha e outros parlamentares da Lava Jato

Os auditores estão analisando as movimentações financeiras dessas autoridades. Eduardo Cunha já foi informado de que é um dos alvos da apuração

Publicado em 28/10/2015 às 15:42

Compartilhe:

Compartilhe no WhatsApp Compartilhe no Facebook Compartilhe no Twitter Compartilhe por E-mail

Continua depois da publicidade

A Receita Federal abriu processos de fiscalização contra parlamentares investigados pela Operação Lava Jato, dentre os quais o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ).

Faça parte do grupo do Diário no WhatsApp e Telegram.
Mantenha-se bem informado.

Os auditores estão analisando as movimentações financeiras dessas autoridades. Eduardo Cunha já foi informado de que é um dos alvos da apuração.

O presidente da Câmara foi denunciado pela PGR (Procuradoria-geral da República) por corrupção e lavagem de dinheiro, crimes, segundos os procuradores, decorrentes do esquema de corrupção da Petrobras.

Um dos delatores do esquema, o lobista Fernando Soares afirmou que o deputado recebeu cerca de R$ 5 milhões em espécie, em seu escritório no Rio, além de crédito de R$ 300 mil em horas de voo em jato particular.

Continua depois da publicidade

Soares, conhecido como Fernando Baiano, afirma que o dinheiro era fruto de desvio de verbas de contratos para a fabricação de navios-sonda para estatal.

As declarações dele corroboraram a versão de outro delator, o empresário Julio Camargo, que também apontou o pagamento de R$ 5 milhões a Cunha.

Cunha foi denunciaado pela Procuradoria-geral da República por corrupção e lavagem de dinheiro (Foto: Agência Brasil)

Continua depois da publicidade

A Receita se debruçou sobre os dados fiscais do parlamentar fluminense contidos no inquérito aberto pela PGR. O trabalho começou em agosto.

Os auditores pretendem ter acesso também aos dados das quatro contas secretas da Suíça que eram controladas pelo parlamentar e por sua mulher, Claudia Cruz, e que não foram declaradas à Receita.

Documentos enviados pelo Ministério Público daquele país aos procuradores da Lava Jato apontam que Cunha e sua mulher pagaram diversas despesas com os recursos vindos do instituições bancárias do exterior.

Continua depois da publicidade

Os servidores do Fisco que cuidam do caso avaliam, porém, o melhor momento para pedir acesso às informações dos bancos suíços.

Isso porque o advogado de Cunha entrou com o recurso para tentar barrar o compartilhamento desses dados e o envio do dinheiro bloqueado para o Brasil.

A tendência é que se aguarde a decisão sobre o pleito da defesa para evitar que, futuramente, a investigação seja interrompida, caso o recurso seja acolhido.

Continua depois da publicidade

Outro lado

A reportagem entrou em contato com o advogado do deputado Eduardo Cunha, Antonio Fernando, mas ele não retornou a ligação até o fechamento deste texto.

Mais lidas

Conteúdos Recomendados

©2025 Diário do Litoral. Todos os Direitos Reservados.

Software