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O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), afirmou nesta sexta-feira, 14, que o governo de São Paulo somente cobrou "transparência" por parte do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), após o instituto divulgar uma pesquisa que atribuía à sua gestão um aumento de 90% do número de cargos comissionados no Estado. O governo rebateu os dados e disse que o crescimento real havia sido de 4%.
"Houve uma informação equivocada da Secretaria de Gestão, que depois foi corrigida. O IBGE errou, mas depois resolveu o problema. O que queríamos era transparência", afirmou Alckmin. Na pesquisa, divulgada nesta quinta-feira, 13, o IBGE informou que, entre 2012 e 2013, os Estados criaram 10.386 cargos sem realizar concurso público. Desse total, quase 7 mil teriam sido criados em São Paulo.
A confusão ocorreu porque o governo paulista mudou os números de 2012 e o IBGE usou os dados antigos para fazer a comparação. De acordo com os dados paulistas, os comissionados em 2012 eram 13.805 e não 7.747, como apresentado no levantamento. Em relação a 2013, portanto, foram criados mais 926 cargos. Questionado sobre o fato de o governo ter enviado três versões diferentes dos dados para o instituto, Alckmin respondeu que vai "checar o que aconteceu".
O presidente do PSDB de São Paulo, deputado federal Duarte Nogueira, classificou o episódio como um "erro gigantesco" e criticou o IBGE. "É lamentável o IBGE, com tanta tradição e guardião das estatísticas, não fazer a rechecagem dos números antes de divulgá-los. Isso gera um constrangimento enorme", afirmou o deputado.
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O dirigente afirmou, porém, não acreditar que o equívoco tenha motivações políticas. O IBGE é um órgão ligado ao Ministério do Planejamento, pasta do governo federal. "O que está havendo lá é uma baixa qualidade de gestão."
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