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O presidente da Rússia, Vladimir Putin, exaltou nesta sexta-feira o retorno da Crimeia para a Rússia diante de milhares de pessoas nesta sexta-feira, durante sua primeira viagem à península do Mar Negro desde a anexação pela Rússia. A visita foi condenada pela Ucrânia e pela Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan).
Putin saudou a incorporação da Crimeia à Rússia como "retorno à Pátria" e uma homenagem à "justiça histórica e à memória de nossos antepassados". A península de 2 milhões de pessoas integrou o território ucraniano de 1954 até março.
A bordo de um barco, Putin passou por uma linha de navios russos da Frota do Mar Negro ancorados na baía de Sebastopol e cumprimentou as suas tripulações antes de assistir a um sobrevoo de 70 aviões militares. Moradores lotaram as ruas da cidade para assistir ao evento.
Minutos após isso ocorrer, o Ministério das Relações Exteriores da Ucrânia protestou contra a visita de Putin, afirmando que a ação desprezava a soberania da Ucrânia e o direito internacional, posição semelhante à demonstrada pelo secretário-geral da Otan, Anders Fogh Rasmussen. "Nós consideramos a anexação russa da Crimeia ilegal, ilegítima e não a reconhecemos", salientou Fogh Rasmussen a repórteres em Tallinn, na Estônia. "Nós ainda consideramos a Crimeia como território ucraniano e, pelo que sei, autoridades ucranianas não convidaram Putin para visitar a Crimeia, então, por esse ponto de vista, sua visita à Crimeia é inapropriada."
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O Dia da Vitória é o feriado secular mais importante da Rússia e um elemento fundamental da identidade nacional do país, honrando as Forças Armadas e os milhões que morreram na Segunda Guerra Mundial. Mais cedo, em Moscou, Putin observou cerca de 11 mil militares russos marcharem orgulhosamente pela Praça Vermelha ao som de marchas e canções patrióticas. Eles foram seguidos por colunas de dezenas de tanques e lançadores de foguetes, enquanto 70 aviões de combate, incluindo bombardeiros estratégicos gigantes com capacidade nuclear, sobrevoaram o local.
Em Odessa, cidade que na semana passada foi abalada por violentos confrontos entre as forças pró-Rússia e simpatizantes do governo central, a polícia prendeu um legislador municipal e dois ativistas pró-Rússia acusados de organizar os levantes. Autoridades ucranianas também reforçaram a segurança na cidade, temendo mais violência, e o governador local proibiu a exibição pública de bandeiras russas. Em Kiev, um incêndio em um túnel de cabo interrompeu brevemente transmissões de vários canais de televisão. Viktoria Syumar, vice-chefe do Conselho de Segurança e Defesa Nacional da Ucrânia, chamou o incêndio de um ato de sabotagem
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