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O presidente da Rússia Vladimir Putin sugeriu nesta segunda-feira que o governo analise a quebra do monopólio da Gazprom para exportação de gás a partir de novos campos de extração na Sibéria, informou o Financial Times. A decisão não deve sair antes de setembro, de acordo com a reportagem.
Caso o monopólio seja quebrado, a principal beneficiada deve ser a estatal Rosneft, que pode participar do acordo de US$ 400 bilhões em exportações de gás para a China, explica o jornal. A empresa poderia ser incluída também no projeto de construção de um gasoduto para ligar o leste da Sibéria ao país asiático, avaliado em US$ 55 bilhões. A produtora Surgutneftegaz, que possui novas plantas de gás na região, também é uma potencial beneficiada.
Segundo a reportagem, o movimento de Putin demonstra uma virada em direção à Ásia, seguindo a mesma linha do acordo com a China, assinado em maio. O documento prevê a venda de 38 bilhões de metros cúbicos do combustível nos próximos 30 anos, com um preço sugerido de US$ 350 por mil metros cúbicos. A Gazprom tenta manter o controle sobre o gasoduto da Sibéria com o argumento de que será a responsável pelos investimentos na construção.
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