Política

PT suspende financiamento empresarial e anuncia novo tesoureiro

A decisão, que já está valendo, será oficializada em junho, durante congresso do partido na Bahia

Pedro Henrique Fonseca

Publicado em 17/04/2015 às 22:49

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O Diretório Nacional do PT divulgou ontem (17) uma resolução política, na qual suspende o financiamento empresarial ao partido. A decisão, que já está valendo, será oficializada em junho, durante congresso do partido na Bahia.

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“Ao mesmo tempo em que lutamos pelo fim do financiamento empresarial, decidimos que os diretórios nacional, estaduais e municipais não mais receberão doações de empresas privadas, devendo essa decisão ser detalhada, regulamentada e referendada pelos delegados no 5º Congresso Nacional do PT”, informa documento divulgado pelo partido.

O presidente do PT, Rui Falcão, disse que o partido “revitalizará o financiamento voluntário e vai estimular contribuições de pessoas físicas”. A campanha será por e-mail, telefone e WhatsApp. Filiados e simpatizantes poderão doar de R$ 15 a R$ 1 mil.

“O fato de deixar de receber contribuição empresarial não significa que todas as contribuições empresariais que recebemos até agora tenham qualquer tipo de mácula”, afirmou Falcão, que anunciou, na ocasião, o nome do novo tesoureiro do partido, Marcio Macedo. O ex-deputado por Sergipe entra no lugar de João Vaccari Neto, preso na última quarta-feira (15) pela Polícia Federal (PF) na Operação Lava Jato. Vaccari pediu afastamento do cargo. O nome de Macedo foi (PT-SE), aprovado por unanimidade de votos do diretório.

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Marcio Macedo substitui João Vaccari Neto como tesoureiro do PT (Foto: Agência Brasil)

Falcão informou que Macedo já assinará com ele a prestação de contas referente a 2014, junto com o presidente do partido. Macedo “não é tesoureiro tampão, é tesoureiro pleno”, disse Falcão, negando informações veiculadas na imprensa. “Ele aceitou encarar uma tarefa espinhosa”, acrescentou o presidente do PT. A permanência de Macedo no cargo será avaliada no congresso do partido, em junho.

O presidente do PT reiterou que é a favor das investigações da Lava Jato, “mas dentro do rigor da lei, não com apuração seletiva, não com vazamentos”. Segundo o documento divulgado, existe “uma escalada das forças conservadoras”, e “seu propósito é indisfarçável: derrotar a administração da presidenta Dilma Rousseff, revogar conquistas históricas do povo brasileiro e destruir o PT”.

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