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Vinte anos depois de chegar ao poder em São Paulo pela primeira vez com Mário Covas, em 1994, o PSDB formalizou no último domingo, 29, a candidatura à reeleição do governador Geraldo Alckmin diante da expectativa de enfrentar a sua eleição mais difícil no Estado.
Apesar de o tucano ter aparecido na liderança da última pesquisa Datafolha com 44% das intenções de voto, o partido entra na campanha preocupado com a crise hídrica, desgastado com os desdobramentos da investigação sobre o cartel no Metrô e abalado pela decisão do ex-prefeito Gilberto Kassab, presidente do PSD, de apoiar o candidato do PMDB, Paulo Skaf, na disputa em São Paulo. A avaliação interna é que o peemedebista será um adversário forte ao ter tempo de TV similar ao de Alckmin na propaganda eleitoral. Como o candidato petista, Alexandre Padilha, ainda não decolou nas pesquisas, o PSDB acredita que Skaf vai ser o herdeiro dos votos dos que querem mudanças, mas são antipetistas.
"O PT vai tentar fortalecer os adversários em outro campo e com outra roupagem", disse o deputado Duarte Nogueira, presidente do PSDB paulista. A meta do partido na primeira fase da campanha será tirar de Skaf o selo de terceira via e colar nele a pecha de aliado do petismo, já que seu partido é aliado nacional da presidente Dilma Rousseff. Com isso, o PSDB espera deslocar para o presidente licenciado da Fiesp a polarização entre azuis e vermelhos que marcou as disputas das últimas décadas.
Segundo um interlocutor de Alckmin, a estratégia de forçar uma polarização continua valendo se Padilha "sair da lona". O importante, segundo o PSDB, é evitar que Skaf se consagre como o "novo" e conquiste eleitores antipetistas.
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