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O ministro do Esporte, Aldo Rebelo, disse hoje (27) que o número menor de protestos populares durante a Copa do Mundo pode ser explicado pelo fato de as manifestações ocorridas no ano passado não serem contra o Mundial.
"Há manifestações, mas pequenas, sem muita participação popular. As manifestações da Copa das Confederações foram interpretadas equivocadamente como se fossem sobre a Copa. Elas surgiram para protestar contra preço de passagem, problemas de segurança saúde e educação”, disse o ministro, em entrevista no Estádio do Maracanã. Para Rebelo, a Copa do Mundo serviu como um momento de trégua para as insatisfações da população. “Para o Brasil, o futebol não é um esporte como outro qualquer, mas uma forma de identidade da nossa população. Quando o Estado e o mercado chegaram aqui, o futebol já era um grande fenômeno com grandes clubes e ídolos”.
Um estudo da Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência da República (SAE) mostra queda no apoio às manifestações populares nos últimos meses. De acordo com o estudo, em agosto de 2013, 75% dos entrevistados apoiavam ou haviam participado de protestos. Em maio de 2014, o percentual caiu para 54%. No ano passado, 25,69% das pessoas desaprovavam as manifestações, contra 45,78% em maio deste ano. Cerca de 3.800 pessoas, em 215 cidades, foram ouvidas no ano passado e este ano sobre o assunto e também para avaliar as políticas públicas. Para integrantes de movimentos sociais e especialistas, a queda na adesão pode estar relacionada aos atos violentos.
De acordo com o ministro, o governo está estudando formas de reduzir o preço dos ingressos e garantir a viabilidade dos estádios após a Copa, cuja manutenção é mais onerosa que a dos antigos estádios. “Que pelo menos uma parte dos ingressos destinada à população de baixa renda do Brasil. Já houve uma reunião com representantes de clubes, gestores e operadores de estádios. A partir daí, foi elaborado um estudo explicando o custo dos ingressos a partir do custo da manutenção”, disse.
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