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O Ministério Público Federal vetou o depoimento do ex-diretor de Abastecimento da Petrobras, Paulo Roberto Costa, em duas sindicâncias internas da estatal petrolífera sobre as obras da Refinaria Abreu e Lima e do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj).
Em parecer à Justiça Federal, o MPF manifestou-se pelo indeferimento, "por ora", do pedido da Petrobras sob o argumento de que as perguntas versam, em parte, sobre atos ilícitos confessados por Costa em regime de delação premiada "cujo sigilo ainda interessa às investigações". A decisão final sobre a solicitação da estatal cabe ao juiz Sergio Moro, responsável pelas ações da Lava Jato na Justiça Federal do Paraná.
"Nessa toada, para que não ocorram intervenções prematuras, e eventualmente prejudiciais, às diligências em curso, o Ministério Público Federal manifesta-se pelo indeferimento, por ora, do pedido de oitiva de Paulo Roberto Costa", argumentam os procuradores da República Antônio Carlos Welter e Roberson Henrique Pozzobon.
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A decisão sobre o depoimento de Costa será dada pelo juiz Sérgio Moro, que conduz as ações da Lava Jato.
A Petrobras pretendia questionar Costa inclusive sobre a participação do ex-presidente da empresa, José Sérgio Gabrielli, do ex-diretor de Serviços Renato Duque e do ex-diretor de Internacional Nestor Cerveró no esquema de desvios e corrupção que, segundo ele, envolvem a Abreu e Lima, em Pernambuco.
A empresa salientou que o relato de Costa poderia ser feito por escrito e sob sigilo.
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