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O senador e presidente nacional do PSDB, Aécio Neves (MG), disse nesta quarta-feira, 15, se tratar de uma "cena inédita" a prisão do petista João Vaccari Neto, já que ele é o tesoureiro do partido que governa o País.
"O Brasil passa a ser protagonista de uma cena absolutamente inédita na nossa história: o tesoureiro, responsável pelas finanças do partido que governa o Brasil, hoje está preso e com sucessivas acusações e acusações extremamente graves. Eu acho que esse é o mais triste retrato de um partido político que abdicou de um projeto de País para se manter a qualquer custo no poder", disse.
Como vem fazendo desde que o nome de Vaccari começou a ser citado nas investigações da Operação Lava Jato, que apura o esquema de corrupção na Petrobras, o tucano fez questão de associar a imagem do tesoureiro a da presidente Dilma Rousseff.
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"O que eu refaço hoje é a mesma pergunta que fiz à presidente Dilma durante os debates eleitorais. A pergunta é a mesma. Será que a resposta também continua sendo a mesma? A presidente continua confiando no tesoureiro do seu partido, agora preso?", questionou. Durante a campanha, Dilma costumava responder à pergunta ressaltando que o ex-presidente do PSDB, Sérgio Guerra, também havia sido acusado de receber propina do esquema.
O tucano foi cauteloso ao responder se a prisão de Vaccari ajudaria na decisão do PSDB de entrar com um pedido de impeachment contra Dilma. "Nós estamos avaliando com juristas se existe a caracterização de crime de responsabilidade. O impeachment não é algo que esteja prioritariamente na agenda do PSDB, mas não pode ser visto como um golpe, é algo previsto na nossa Constituição", disse.
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