Política
O deputado estadual Pedro Tobias começa a desenhar a estratégia que, na sua concepção, deverá tornar o governador tucano mais conhecido em todo o País
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Depois de lançar o nome do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), à Presidência da República em 2018, em sua posse na direção estadual do PSDB paulista, dia 14, o deputado estadual Pedro Tobias começa a desenhar a estratégia que, na sua concepção, deverá tornar o governador tucano mais conhecido em todo o País. Em entrevista, o deputado disse que está à frente do diretório paulista para ajudar a organizar o pleito municipal do ano que vem e para tentar alçar o nome de Alckmin nacionalmente, organizando agendas de viagens nos finais de semana a outros Estados.
Indagado se recebeu a incumbência do próprio Alckmin, pois sua eleição foi uma costura do próprio governador, Tobias diz apenas que Alckmin "está animado com a ideia". O governador disputou as eleições gerais de 2006 e foi derrotado no segundo turno por Luiz Inácio Lula da Silva, que foi reeleito.
Para Pedro Tobias, mesmo que a maioria dos diretórios estaduais considere natural a candidatura do senador Aécio Neves (MG), derrotado por Dilma Rousseff em outubro, "é evidente que o governador está no páreo para tentar a cabeça de chapa da legenda". E brinca: "Como o País está doente de tanta corrupção, nada melhor do que um médico para curá-lo", numa referência à profissão de Alckmin, que é anestesista.
O presidente do Diretório Estadual tucano, que também é médico, informa que a agenda para tentar nacionalizar a imagem de Alckmin deve abranger não apenas encontros com lideranças políticas, mas também com entidades de classe, como a dos médicos. "Se dependesse só de mim, levaria Alckmin todos os finais de semana para fora de São Paulo. Ele precisa desses eventos fora do Estado para ter chances de concorrer à Presidência em 2018." E informou que também irá trazer lideranças de outros Estados para agendas em São Paulo.
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Tobias lembrou que foi o responsável por lançar o nome de Aécio, há três anos, em São Paulo, período em que também dirigiu o Diretório Estadual da legenda. "Aécio é um nome forte e, se eleger o prefeito de Belo Horizonte em 2016, se fortalece ainda mais. Contudo, São Paulo é o motor do desenvolvimento, está há mais de 40 anos sem fazer um presidente e merece fazer o próximo."
Apesar de colocar o nome de Alckmin no tabuleiro da disputa presidencial, Tobias disse não crer que uma eventual disputa entre ele e Aécio pela cabeça de chapa vá rachar o partido. "Muito pelo contrário, acho toda disputa, toda prévia salutar porque o partido é que sai fortalecido. O PSDB precisa aprender a fazer esse tipo de disputa interna."
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Sobre um terceiro concorrente ao posto de cabeça de chapa em 2018, o senador eleito por São Paulo, José Serra, Pedro Tobias acredita que a disputa deve se dar mesmo entre Aécio e Alckmin. "Se bem que Serra nunca está 100% fora porque ser presidente da República é o grande sonho dele", emendou, dizendo que, no seu entender, Serra é um dos homens públicos mais bem preparados do País. "Respeito e admiro o Serra e o Aécio, mas meu candidato é o Alckmin."
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